A sociedade que dizemos ser organizada, em verdade, é imatura. Ainda se deixa hipnotizar por personagens disfarçados de heróis, que outrora foram vilões.
A maturidade social somente será alcançada quando os cidadãos se tornarem capazes de interação e passarem a contribuir de forma positiva para a sociedade, notadamente quando souberem respeitar os direitos de outrem e assumirem as responsabilidades dos seus atos, quaisquer que sejam.
O Brasil precisa de harmonia e equilíbrio em 2022, que por certo virão pelas mãos daqueles que alcançarem maturidade social suficiente para gerir conflitos, adotar comportamento ético e proteger os interesses difusos e coletivos da sociedade.
Neste novo ano, as variantes da pandemia, o surto de gripe, os boicotes políticos, a crise econômica, o desemprego e as campanhas eleitorais com dinheiro público continuarão a incomodar e a envergonhar a população, que deverá estar de olhos e ouvidos bem atentos para as derrapagens dos membros dos Três Poderes.
O bom senso recomenda que os brasileiros estejam preparados para choques e embates criados nos berços de infantilidades, popularmente conhecidos como redes sociais, cuja importância no intercâmbio comercial e cultural não se pode negar, mas também de amplitude tóxica, causadoras de mal-estar, ódio e desentendimentos entre as pessoas.
A receita para fazer de 2022 um ano melhor está mais do que desenhada. Requer comprometimento e coragem dos mais diversos setores da sociedade. Não há tempo nem espaço para aventuras partidárias, segregadoras, demagógicas ou dogmáticas. O retrocesso não interessa a ninguém. Mas isso não significa varrer para debaixo do tapete a sujeira de desgovernos. O ilícito não pode restar impune. A lição é a punição severa dos ímprobos, dos corruptos e dos enganadores.
Dizem que a falta de maturidade social passa pela consumada inércia da população, que tudo vê e nada fala e nada faz de concreto para frear as avalanches de sandices e crimes de lesa-pátria. Mas dizem também que a imaturidade e a estupidez explícita espalham-se pelo país por meio das militâncias subservientes, dos cabrestantes, das castas e dos grupelhos, que se juntam e se apropriam do corpo do Estado e retiram a fórceps a sua dignidade.
Os aproveitadores, sanguessugas, trânsfugas e parasitas não são cidadãos, mas bonecos de ventríloquos e marionetes. Eles estão por aí, de norte a sul e de leste a oeste do Brasil, comportando-se feito idiotas e arrotando estupidez, explicitamente, denotando serem pessoas frívolas, sem personalidade, títeres e bonifrates, contaminadas pelo discurso escravagista de regimes comunistas. Falta-lhes tudo, inclusive maturidade social.
Portanto, depende do eleitor a eliminação dos políticos desonestos. Depende da sociedade e do governo a diminuição das desigualdades. Depende do povo a mudança para melhor. E depende de maturidade social a esperança depositada em 2022.