Em duas notas oficiais publicadas nesta sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do poeta Manoel de Barros, ocorrida na quinta (13) e a do filósofo Leandro Konder, na quarta (12).
"Foi com pesar que soube da morte do grande poeta Manoel de Barros", diz o texto sobre o poeta. A presidente cita ainda um trecho do "Livro Sobre Nada" (1996), que diz "Eu queria ser lido pelas pedras./ As palavras me escondem sem cuidado./ Aonde eu não estou as palavras me acham".
"As palavras certas sempre achavam Manoel de Barros. O Brasil perdeu um grande ourives das palavras. Aos familiares, amigos e admiradores, meus sentimentos."
Barros, que tinha 97 anos, estava internado havia mais de uma semana na UTI do hospital Proncor e tinha passado por uma cirurgia de desobstrução do intestino. Segundo o hospital, ele morreu de falência de múltiplos órgãos.
Sobre Konder, a presidente da República escreveu que "O país perde um gigante do pensamento e das ideias, um idealista e teórico. Nesse momento de dor e de perda, quero deixar minha solidariedade e meu carinho ao filho Carlos Nelson, à viúva Cristina e a Marcela."
O filósofo de 78 anos morreu na tarde da quarta-feira, no Rio. Ele sofria de mal de Parkinson havia mais de dez anos.
A presidente justificou que, por conta da viagem intercontinental até a Austrália, apenas ficou sabendo da morte na madrugada desta sexta-feira. Dilma está no país para participar de reunião de cúpula do G20, e retornará na semana que vem.