O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), foi às redes sociais na última quinta-feira (28 de novembro) criticar o pacote de corte de gastos do governo Lula. Simões definiu a medida como eleitoreira, além de afirmar que o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é uma "cortina de fumaça".

No início do registro, Simões questiona "se é melhor ser surdo" do que ouvir a explicação de Haddad sobre a medida. O vice de Romeu Zema afirma que a isenção do imposto de renda para quem ganha menos de R$ 5.000 por mês foi uma promessa eleitoral e que só deve ser cumprida em 2026, ano de um novo pleito federal. 

"Pessoal só pensa em eleição. Agora, cadê o compromisso da redução dos gastos, das despesas, com corte de benefícios, com o corte de privilégio? Isso não, nós não vamos ajustar as contas públicas, não. Aliás, estão falando de corte de impostos, mas está tendo aumento. E o imposto das blusinhas, da importação? E tudo que está ficando mais caro no Brasil?", questiona Simões. 

"Alguém está sentindo o preço das coisas diminuir, a redução de custo de vida? Falta de respeito e até de inteligência de quem está ouvindo a notícia. Não é momento de comemorar redução de imposto que está sendo requentada, é hora de fazer ajuste fiscal", declarou o vice-governador de Minas Gerais. 

Entenda o anúncio feito por Haddad

Na noite de quarta-feira, Haddad foi à rede nacional de rádio e televisão para anunciar novas medidas do governo. Uma delas corta despesas nas principais políticas sociais do governo Lula, como a valorização do salário mínimo, para economizar R$ 327 bilhões nos cofres públicos entre 2025 e 2030.

Também altera regras de benefícios para pessoas de baixa renda (como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada –BPC) e cria uma trava para o pagamento do abono salarial. Na mesma investida, restringe benefícios de militares, criando uma idade mínima para a ida à reserva remunerada e acaba com a transferência de pensão. 

Em outra frente, Haddad anunciou a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais. O ministro garantiu que a medida não aumentará os gastos públicos. A compensação será feita com o aumento de impostos para quem tem salário de mais de R$ 50 mil. 

Com informações de Lucyenne Landim.