Articulações

Criação de blocos na Câmara de BH não deve atrapalhar base governista

Líder de governo afirma que apoio ao prefeito Alexandre Kalil será feito por conjunto de blocos na Casa

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 15 de janeiro de 2021 | 03:00
 
 
 
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Após as mudanças regimentais na Câmara Municipal de Belo Horizonte, dois blocos parlamentares já foram criados na Casa. O último deles, denominado “Somos BH”, foi formalizado no início desta semana e conta com seis vereadores. Professor Juliano Lopes (PTC), líder; Wesley (PROS), vice-líder; e José Ferreira (PP), Professora Marli (PP), Rubão (PP) e Wilsinho da Tabu (PP) formam o grupo. A ideia é de que eles sempre votem junto nos projetos, desde que “não se contrarie a bandeira de cada um”. 

“Nós acreditamos na força do diálogo. Acreditamos que é com união que vamos melhorar a nossa cidade. Por isso, estamos muito felizes de anunciar a criação do bloco Somos BH. Tenho certeza de que esse grupo ainda conquistará coisas incríveis para Belo Horizonte!”, postaram os membros do bloco nas redes sociais.

Desde o último dia de 2020, duas ou mais bancadas podem constituir blocos parlamentares na Câmara. A novidade, que ainda é vista com certa cautela por alguns parlamentares, não deve afetar a base governista. Léo Burguês (PSL), líder de governo na Casa, diz que a base é “um somatório de blocos, partidos e vereadores”.

“O governo é composto por vereadores que aderem ao posicionamento político da prefeitura. Pode ser individual, pode ser bloco, pode ser bancada. Não tem criação de bloco formal nem nunca teve”, explicou Burguês.

A base governista, por sua vez, ainda não está fechada. O mês de recesso parlamentar tem dificultado as conversas. O braço direito de Kalil na Casa afirmou que mantém o diálogo com os colegas e que vai ter a maioria no Legislativo pela própria “ligação do prefeito e dos vereadores com os projetos enviados pelo Executivo”. “Estou muito tranquilo”, avaliou. 

Perguntado se projeta um número de aliados ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), Burguês preferiu não citar números, mas cravou que será o suficiente para as votações na Casa. Em votações que exigem quórum simples, são necessários 21 votos, enquanto o quórum qualificado exige 28. 

Recentemente, com o novo fechamento do comércio em razão da pandemia, alguns vereadores criticaram o chefe do Executivo e iniciaram uma mobilização para sustar os efeitos do decreto. Perguntado se os protestos preocupam as articulações, Burguês afirmou que as manifestações não têm ligação com a formação da base e que é natural que ocorram, até porque os comerciantes e as outras pessoas estão passando por uma situação difícil. 

Já sobre a criação e a articulação de outros blocos parlamentares, o líder de governo desconversou e disse ser algo normal do Legislativo. 

O outro grupo formalizado na Casa foi o Democracia e Independência, que conta com sete membros, entre eles a presidente Nely Aquino (Podemos) e os vice-presidentes Henrique Braga (PSDB) e Reinaldo Gomes (MDB). 

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