2020

Lula participa de ato em Betim e vai discutir eleições no Estado

Ex-presidente vai participar de um ato promovido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens

Publicado em 24 de janeiro de 2020 | 03:00

 
 
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Pela primeira vez depois de sair da carceragem da Polícia Federal, em novembro do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem a Minas Gerais. Hoje, o petista estará em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele vai participar de um ato promovido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Esse será o único evento público do petista em terras mineiras, já que Lula vai se encontrar a portas fechadas com lideranças do partido para tratar das eleições municipais deste ano.

Denominado “Ato público de denúncia do crime da Vale”, o evento está programado para ocorrer na parte da tarde, no bairro Citrolândia. “O objetivo é denunciar a impunidade e as violações de direitos humanos cometidos pela empresa por meio do rompimento da barragem Córrego do Feijão, que completará um ano amanhã. O rompimento atingiu todo o rio Paraopeba e os municípios que dependem dele, como Betim em especial o bairro de Citrolândia, que está com uso da água do rio comprometida e a empresa não tem garantido o auxílio emergencial para as famílias atingidas”, afirmou o movimento por meio de ofício direcionado à administração municipal.

Em nota, a Prefeitura de Betim informou que o local escolhido para o ato, conhecido como Colônia Santa Isabel, não apresenta condições de acolhimento para o número estimado de pessoas no evento. 

“Inexiste aparato de segurança que possa garantir a integridade dos visitantes e dos moradores da localidade. Os recentes acontecimentos em outros municípios, durante a presença de Lula têm registrado manifestações – tanto favoráveis como contrárias ao ex-presidente, necessitando, portanto, de um plano específico de segurança, o qualapenas a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais poderá garantir”, informou.

A Prefeitura de Betim destacou, ainda que “informações recebidas dos órgãos de segurança pública revelam o risco de tumulto e de possíveis atentados contra a pessoa do ex-presidente, inclusive com o risco de simulação de atentado”.

A administração do município disse, também, que a autorização deveria ser obtida junto aos órgãos estaduais. 
O Aparte procurou o governo do Estado a respeito da visita do ex-presidente. Por meio de nota, a assessoria de imprensa informou que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) não recebeu nenhuma solicitação formal de presença policial por parte dos organizadores do evento.

“Não obstante a essa questão, todo monitoramento de inteligência está sendo realizado em função da presença do ex-presidente na 2ª Região de Polícia Militar, área onde se concentrará a maior parte da agenda de Lula. O trabalho de inteligência começou com antecedência e segue sendo feito. A PMMG se prepara também com policiamento específico para os locais dos eventos abertos, em razão do volume e aglomeração de pessoas que possam surgir, antecipando assim possíveis demandas”, informou.