No que depender da avaliação dos dois pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte pelo Partido Novo, o vereador da capital mineira Mateus Simões e o presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge) Rodrigo Paiva, o primeiro debate pelas prévias da sigla terminou “empatado”. Ambos disseram que o encontro foi “positivo”.

A discussão aconteceu na noite da última terça-feira (10) e reuniu cerca de 140 filiados, que fizeram perguntas sobre saúde e segurança pública aos dois pré-candidatos.

“Fiquei feliz com a oportunidade e também em perceber que ficar três anos trabalhando com os dados da cidade todos os dias me deu uma percepção muito boa da realidade”, disse o vereador, que está no seu primeiro mandato no Legislativo da capital.

O vereador também comentou que o momento foi oportuno para conhecer as propostas do colega de partido e se mostrou animado com o retorno que teve dos participantes após a discussão.

“O que está claro pra mim é que as pessoas saíram de lá muito satisfeitas com meu desempenho. Sei que isso não me garante o voto delas. Mas eu saí com uma impressão muito positiva. Várias pessoas, inclusive ligadas ao Rodrigo Paiva e que sei que não deverão votar em mim, vieram dizer que estavam impressionadas com o debate, com o domínio de ambos os lados”, disse.

Na outra ponta do duelo, Paiva também avaliou positivamente o parecer que recebeu após o encontro e arriscou dizer que “o feedback é favorável ao seu nome” para representar a legenda nas eleições municipais na capital mineira.

“O Mateus tem muita experiência no Legislativo. E eu sou uma pessoa do Executivo. O trabalho que fiz na Prodemge, por exemplo, foi de austeridade. Quando assumi, a empresa não dava lucro há anos. Cortei privilégios e cargos, e em um ano conseguimos economizar cerca de R$ 70 milhões. Então, minha administração demonstrou que é possível fazer uma gestão eficiente e ter resultados. A gente vê que a falta de recursos se dá na maior parte por causa da má gestão”, disse.

Sem citar nomes, Paiva também criticou a atual administração do prefeito Alexandre Kalil e dos chefes do Executivo municipal anteriores a ele ao comentar que nos últimos dez anos a cidade ficou estacionada no tempo. “Não cresce. O PIB per capita se mantém o mesmo. A gente precisa de um prefeito com muita vontade e que corra atrás para trazer recursos”, disse.

A próxima primária do partido acontece no próximo dia 23 de março, quando novamente os pré-candidatos ficarão frente a frente. No mesmo dia, após o debate, o nome será definido por meio de votação entre os filiados do Novo que estiverem em dia com a sigla, que, conforme Paiva, hoje são cerca de 700 pessoas.