A Prefeitura de Nova Lima pretende gastar R$ 2 milhões para contratação de serviços de bufê para eventos a serem realizados pelas secretarias do município. Dentre os produtos que estão sendo orçados pelo Executivo em edital aberto no dia 24 de março estão camarões, vinhos e espumantes. O pregão está marcado para o dia 5 de abril e vale por 12 meses.
No edital consta um possível cardápio com sugestões de pratos e bebidas para serem orçados. Nas parte das bebidas alcoólicas o Executivo sugere cerveja (Heineken e Original), espumante Brut – Conde Foucauld ou superior – ou rosé Brut, vinho merlot e cabernet. Já entre os pratos, há a possibilidade de risotos e escondidinho de camarão, ceviche de salmão e tilápia, entre outros.
A vereadora Juliana Sales (Cidadania), que faz oposição ao Executivo municipal, enviou um ofício para a prefeitura questionando o departamento de compras e licitações sobre os gastos com esses produtos.
De acordo com a vereadora, que é crítica da iniciativa, a medida revoltou a população de Nova Lima, que, segundo ela, tem demandas mais urgentes e importantes a serem resolvidas pelo Executivo.
“Totalmente inaceitável, totalmente inadmissível que se gaste champanhe, vinho, escondidinho de camarão, escondidinho de bacalhau para abastecer a prefeitura. Enquanto isso, o povo está necessitando de melhorias das políticas públicas básicas. E eu não estou sozinha, não. Quando eu expus essa situação, eu recebi manifestação de várias pessoas reclamando de problemas que passam por falta de atendimento do poder público”, reclama Juliana.
De acordo com a parlamentar, em seu ofício enviado à Prefeitura de Nova Lima, a parlamentar questiona principalmente quais estudos o Executivo usou para chegar aos valores apontados no edital, além da real necessidade da contratação de produtos.
Juliana Sales também pergunta se nos eventos anteriores promovidos pelo Executivo esses produtos eram servidos. Segundo a parlamentar, ela ainda não recebeu respostas sobre o ofício enviado.
Procurada, a Prefeitura de Nova Lima, por meio de nota, afirmou que o valor colocado no edital é o máximo que o Executivo pode pagar quando for fazer a contratação. Além disso, pontuou que “não se trata de uma lista de produtos de luxo, e sim de itens que são alinhados ao oferecido em coffee breaks formais e comuns”.
“A prefeitura realiza diversos eventos, a maioria aberta ao público, nos quais são realizados coffee breaks. Entre eles, capacitações, treinamento, oficinas, seminários, congressos, reuniões de integração institucional, de agentes políticos, servidores, estagiários, solenidades de recepção de autoridades, inaugurações, posses em cargos, entre outros”, concluiu o Executivo.