Governo Zema

Brant: 'Se Assembleia entender que não deve, Cemig não será privatizada'

Vice-governador deixou claro que decisão final será do Legislativo

Por Letícia Fontes
Publicado em 20 de setembro de 2019 | 13:07
 
 
 
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O Governo de Minas mudou o tom em relação à possibilidade de privatização das empresas estatais. Apesar de o governador Romeu Zema (Novo) ter afirmado que iria enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à Assembleia Legislativa para retirar a prerrogativa de um referendo popular para aprovar a privatização de empresas estatais como a Cemig, o vice-governador Paulo Brant (Novo) deixou claro que a decisão final será do Legislativo. 

“O governo vai enviar. Mas vivemos em uma democracia e as instituições funcionam e a Assembleia que vai avaliar se é conveniente ou não. Se a Assembleia aprovar, o governo vai iniciar um processo que é um complexo. Se a Assembleia entender que não é o caso, a Cemig não será privatizada. É Assembleia que tem a prerrogativa de autorizar ou não”, afirmou o vice-governador durante o 1º Encontro de Economistas-Chefes dos Bancos de Desenvolvimento da América Latina, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (20).  

No início da semana, o jornal O TEMPO já havia anunciado que o governador teria dificuldades para retirar da Constituição a necessidade de consulta à população para vender as estatais. Segundo levantamento da reportagem, Zema teria apenas sete votos para derrubar o referendo da Cemig na Assembleia. 

A previsão é que o projeto de recuperação fiscal, elaborado nos últimos meses pelo governador, seja enviado até o fim deste mês à Assembleia Legislativa de Minas Gerias (ALMG). A Cemig, assim como a Copasa, estará nos planos de entrega à iniciativa privada. No entanto, segundo a Constituição do Estado, uma consulta popular precisa ser feita para saber se os mineiros liberam a venda da Cemig para a iniciativa privada.

Segundo Zema, em mãos privadas, a Cemig poderá ofertar mais energia e tem perspectivas de reduzir os preços no médio e longo prazo.

Capital mais segura

Ainda durante o encontro de Economistas-Chefes dos Bancos de Desenvolvimento da América Latina realizado nesta sexta-feira (20), o vice-governador Paulo Brant afirmou que Belo Horizonte está entre as capitais mais seguras do país. De acordo com estudos realizados fora do país, segundo Brant, o índice de homicídios na capital é 30% menor do que da capital americana Washington. 

“Não tenho certeza do número, da colocação de Belo Horizonte no ranking, está sendo apurado ainda, mas seguramente, Belo Horizonte está próximo de ser a capital mais segura do Brasil. É um processo que já vem de uns três anos. Os índices de crimes violentos, que inclui homicídio, estupro, roubo e vários outros, são 11 tipos de crimes violentos, têm caído sistematicamente nos últimos anos. É um conjunto de fatores que tem relação com isso, é a ação da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Justiça. É uma ação coletiva. Me surpreendi com os índices de Belo Horizonte comparado a Washington”, afirmou.

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