Vaga ao Senado

Candidatura de Cleitinho será decidida pelo PSC de MG, diz Pastor Everaldo

Presidente nacional do PSC afirma que o que foi combinado nos Estados está mantido. Grupo ligado a Marcelo Aro estaria agindo para tentar tirar Cleitinho da disputa ao Senado

Por O TEMPO
Publicado em 01 de agosto de 2022 | 21:25
 
 
 
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A candidatura do deputado estadual Cleitinho ao Senado será definida pelo PSC de Minas, segundo o presidente nacional do partido, Pastor Everaldo. De acordo com ele, o que foi combinado nos Estados está mantido. 

Uma reunião no Rio de Janeiro teria ocorrido nesta segunda (1) entre líderes do partido e alguns aliados, segundo informações obtidas por O TEMPO, e um dos assuntos teria sido a situação de Cleitinho. No entanto, em resposta à reportagem, a assessoria de Pastor Everaldo não confirmou nem desmentiu o encontro. Apenas se limitou a dizer que “quem responde por Minas é o presidente estadual do partido, deputado Euclydes Pettersen”. “O que foi combinado nos Estados está mantido”, completou. 

Euclydes foi procurado por telefone e por mensagens para responder se a candidatura de Cleitinho está garantida, mas não respondeu aos contatos. A convenção estadual do partido está marcada para a próxima sexta (5).

Conforme O TEMPO mostrou no sábado (30), um batalhão liderado pelo candidato ao Senado apoiado pelo governador Romeu Zema (Novo), Marcelo Aro (PP), entrou em campo para forçar o PSC a tirar Cleitinho da concorrência.

A estratégia visaria facilitar a candidatura de Aro, que teria menos concorrência, principalmente, porque Cleitinho é o segundo colocado na pesquisa estimulada de intenção de voto para o Senador, conforme mostrou a última pesquisa DATATEMPO, e tem chances de ser eleito neste ano. 

Cleitinho disse que, entre terça (2) e quarta (3), o presidente estadual do PSC, deputado Euclydes Pettersen, vai se reunir com o presidente nacional do partido, Pastor Everaldo, no Rio de Janeiro, para sacramentar sua candidatura ao Senado. “O Euclydes marcou para falar com o Everaldo para acabar com essas especulações. o Euclydes disse que está decidida a minha candidatura, já que é o PSC de Minas quem vai definir. Então, está decidido”, afirmou Cleitinho.

O deputado se mostrou indignado com os movimentos que buscam inviabilizar sua candidatura e, em vídeo publicado em suas redes, criticou a tentativa de “puxada de tapete”. Ele disse que, se não sair como senador, não será candidato a nada. “Só não saio candidato se eu morrer”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o sistema político é 'nojento' e 'covarde' por espalhar essa 'especulação'. Para ele, quem está fazendo isso está com medo do bom desempenho dele nas pesquisas. “Esse sistema nojento e corrupto está tentando me boicotar e dar uma rasteira. Não tiveram coragem de vir pra cima de mim. Por que estão com medo de eu me candidatar a senador? Eu sou ficha-limpa. Quando tratei com o presidente nacional e estadual do partido, eu disse que seria candidato a senador, não pedi mais nada, não pedi fundo eleitoral, nada”, afirmou. 

O deputado Noraldinho Júnior, vice-presidente estadual do PSC, negou qualquer possibilidade por parte dele de inviabilizar a candidatura de Cleitinho ao Senador. “Para quem não sabe, sempre fui eu, o deputado Noraldino Júnior, quem articulou a vinda do Cleitinho para o PSC e que ele tivesse vaga ao Senado. Já está acordado no Partido para que a minha irmã assuma a primeira suplência na candidatura dele”, disse Noraldino em contato com a reportagem. 

“Meu trabalho é para que o Cleitinho seja candidato”, completou Noraldino, afirmando ainda que “repudia qualquer especulação que ligue meu nome à não aprovação da legenda, já acertada aqui em Minas, para candidatura do deputado Cleitinho para o senado pelo PSC”. 

Além de Cleitinho, o grupo ligado à chapa de Zema também estaria tentando minar a candidatura do deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL) ao Senado, o que beneficiaria ainda mais Aro na disputa. Isso porque só ficaria ele no pleito com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) - que ainda tenta acordo com Zema - e polarizaria a campanha com Alexandre Silveira (PSD), que é apoiado por Lula (PT).  

A reportagem também entrou em contato com Aro e Marcelo Álvaro, mas eles não retornaram. 

 

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