Após um ano e três meses sob a gestão do governador Romeu Zema (Novo), a diretoria da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) decidiu por demitir três diretores contratados ainda durante a administração do ex-governador Fernando Pimentel (PT).
Daniel Faria Costa, da Cemigpar, Luciano de Araújo Ferraz, da diretoria de Regulação e Jurídica, e Maurício Fernandes Leonardo Júnior, da diretoria de Finanças e Relações com Investidores, foram comunicados nesta quinta-feira, 12, que não estão nos planos do presidente Reynaldo Passanezi Filho, que assumiu o cargo, em janeiro deste ano, após a saída de Cledorvino Belini. Os executivos que serão demitidos não são funcionários de carreira da empresa.
"Assim que receberam a notícia do desligamento, eles comunicaram aos funcionários mais próximos. Ficaram bem abatidos, mas já esperavam pela saída. Eles, inclusive, achavam que iriam sair quando o Zema assumiu o governo (em janeiro de 2019)", revela, em reserva, uma fonte ligada ao alto escalão da estatal de energia.
Ao ser questionada sobre os motivos que levaram às demissões, se a Cemig já tem os nomes dos substitutos e se a presidência pretende realizar outras alterações na diretoria executiva, a estatal disse, por meio de nota, não ter nenhum comentário a fazer. "Este tema é exclusivo do Conselho de Administração", limitou-se.
A comunicação oficial ao mercado deve ocorrer somente após a reunião do Conselho de Administração, na quinta-feira, 19, quando, provavelmente, serão apontados os substitutos dos diretores. Até lá, novas mudanças podem ocorrer.
Nos bastidores da empresa comentam-se as saídas dos diretores de Comercialização, Dimas Costa, e Distribuição, Ronaldo Gomes. Com as demissões dos três executivos, Costa e Fomes, que são funcionários de carreira da estatal, permanecem como os últimos indicados por Pimentel a ocuparem cargos na diretoria.