O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reajuste para agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outras categorias policiais.
“Me parece uma fraude, porque havia uma expectativa, na medida em que eles lutaram junto ao Congresso e o Congresso aprovou, de que o presidente concordasse com isso. Entretanto, eu seria leviano se lhe adiantasse mais do que isso, porque não parei para estudar”, disse.
Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Bolsonaro argumenta que “não inova em relação à proposta original encaminhada pelo Poder Executivo federal”.
Nesta quarta-feira (10), Ciro Gomes esteve na Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF), em Brasília, onde disse ser “perfeitamente possível” o reajuste à categoria. No entanto, para isso, seria necessário derrubar o teto de gastos, na avaliação do candidato.
“Vencido o teto de gastos e com o modelo tributário que quero fazer, quero voltar a pelo menos sinalizar com o tempo, não pode ser um cavalo de pau, que eles vão ter de novo uma equivalência razoável com as carreiras de Estado”, afirmou após o encontro.
Ciro também disse que pretende negociar de forma coletiva com as diferentes categorias de Estado e igualar os regimes previdenciários, adotando um modelo misto entre repartição e capitalização.
Em carta entregue aos presidenciáveis, a FENAPRF alega que o salário dos policiais rodoviários federais sofreu uma defasagem de 48% nos últimos vinte anos em relação a outras categorias de servidores federais.
O documento também faz críticas à reforma da previdência aprovada no governo Jair Bolsonaro, em 2019. Segundo os policiais rodoviários federais, a emenda constitucional não observa peculiaridades da classe, “resultando em grandes prejuízos para a categoria, muitos dos quais repercutem na prestação do serviço policial, uma vez que geram insegurança para a atuação policial”.
Por fim, a carta pede “que as eleições transcorram da melhor forma possível, num ambiente democrático e livre”.
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