BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Paulo Bilynskyj (PL-SP), ignorou o recesso legislativo determinado pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e marcou para terça-feira (22/7) uma reunião do grupo. 

Ele pretende pôr para votação uma moção de solidariedade a Jair Bolsonaro (PL) em função da operação da Polícia Federal (PF) e da aplicação de medidas cautelares contra ele por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O requerimento que Bilysnkyj pretende votar é assinado por aliados de Bolsonaro na Câmara. Entre eles estão deputados de União Brasil, PP, Republicanos e até PSD, que é o mais governista dos partidos do Centrão. Nomes do PL encabeçam esse documento. Esse requerimento foi apresentado à Câmara nessa sexta-feira (18/7) pelo líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS).

O PL, aliás, lidera um movimento para pressionar o presidente Hugo Motta a pôr fim ao recesso parlamentar. Ele, entretanto, indicou que isto não acontecerá. Em nota publicada ainda na sexta-feira, Hugo declarou que o recesso está mantido até agosto, e que, neste período, serão realizadas reforma estruturais na Câmara dos Deputados.

A pressão também avançou para o Senado Federal, e a bancada da oposição indicou que pediria o fim das férias ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ele igualmente negou o pedido antes mesmo que ele fosse feito.

Apesar disso, a oposição pretende seguir com um calendário de atividades no Legislativo. Para segunda-feira (21/7) foi marcada uma reunião da bancada na Câmara dos Deputados, às 14h, para discutir uma retaliação ao ministro Alexandre de Moraes e às decisões do Supremo Tribunal Federal.