SUCESSÃO DE PACHECO

Eliziane Gama tenta viabilizar candidatura à presidência do Senado

Senadora quer ser a primeira mulher a chegar ao posto de chefe do Poder Legislativo, mas terá de superar favoritos

Por Levy Guimarães
Publicado em 08 de março de 2024 | 17:00
 
 
 
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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) quer se tornar a primeira mulher a presidir o Senado Federal e, consequentemente, o Congresso Nacional. Nos últimos dias, a parlamentar vem ensaiando uma pré-candidatura junto a outras componentes da bancada feminina.

Eliziane espera contar, antes de tudo, com o apoio da bancada feminina, composta por 15 senadoras, mesmo algumas delas tendo posições ideológicas díspares. No happy hour promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para líderes do Senado, na última terça-feira (5), ela convidou o petista para um jantar com as parlamentares. Ela também afirmou que a questão feminina está cada vez mais escanteada - bandeira que irá levantar caso prossiga sua candidatura.

A senadora faz parte do PSD, mesmo partido do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que tem a maior bancada da Casa, com 15 membros. No entanto, ainda não há garantias de que a legenda apoiará oficialmente uma candidatura própria.

Isso porque o nome apoiado nos bastidores por Pacheco é o do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), que já comandou o Senado de 2019 a 2021. Mesmo faltando quase um ano para a eleição, ele é considerado amplo favorito para retornar ao poder.

Além de seu próprio partido e do PSD, Alcolumbre tem apoios em praticamente todas as bancadas da casa, da esquerda à direita. De perfil conciliador e com indicações no primeiro escalão do governo Lula, é um dos parlamentares mais influentes no Congresso.

A oposição, liderada pelo PL, segunda maior bancada, também pode lançar um nome para marcar posição e se contrapor à maioria governista da Casa. Contudo, senadores bolsonaristas não descartam uma composição com Alcolumbre, que na CCJ, deve pautar alguns projetos de interesse do grupo, como a PEC das Drogas.

Além disso, o MDB, que presidiu o Senado por mais de três décadas após a redemocratização, deseja retornar ao posto, fato admitido por algumas de suas lideranças, como o senador Renan Calheiros (AL). Algumas pré-candidaturas “avulsas”, como a de Angelo Coronel (PSD-BA), também são cogitadas.

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