O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a sabatina de André Mendonça, indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), deve ocorrer “nas próximas semanas”.
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 13 de julho, Mendonça, que foi ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União no atual governo, enfrenta um tempo de espera maior que o de todos os ministros que hoje compõem a Corte. Durante o período, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senador, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vem deixando claro a aliados que não tem interesse em marcar a sabatina.
Em entrevista à CNN Rádio, Rodrigo Pacheco afirmou que os senadores devem conseguir resolver a questão e defendeu que a sessão seja agendada. “É fundamental que ela aconteça, é prerrogativa de Bolsonaro e atribuição constitucional do Senado avaliar.”
Pacheco também aponta que o impasse em torno da indicação de Mendonça não pode interferir no andamento da pauta do Senado e de temas tidos como prioritários, como o novo Bolsa Família, o preço dos combustíveis e a reforma tributária.
“Não podemos tratar essa questão como única e principal para o Brasil porque definitivamente ela não é. Nós temos outras questões tão importantes quanto e repito, nós não podemos a pretexto de retaliar ou de forçar a apreciação pela CCJ contaminar a pauta do Senado Federal considerando tantas medidas urgentes para a população brasileira.”
Nas últimas semanas, o próprio Rodrigo Pacheco vem intercedendo junto a Alcolumbre para destravar o processo. O presidente da CCJ também vem sendo pressionado por ações de outros senadores no STF pedindo agilidade na marcação da sabatina. Nesta quarta-feira, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que “o atraso injustificado, sem motivação, caracteriza abuso de poder.”