Após apurar se houve irregularidades na vacinação de servidores do governo de Minas Gerais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Filas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai se debruçar sobre os investimentos do Estado em saúde pública. Essa deliberação foi aprovada pelos parlamenteres na sessão desta terça-feira (23) da CPI, que deve apurar também o investimento na abertura de novos leitos para o tratamento de casos de Covid-19 no Estado.
Ainda durante a reunião, os deputados aprovaram um requerimento que pede informações à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) sobre os registros de aplicação do mínimo constitucional de 12% na saúde nos últimos seis anos no Estado e outro sobre os custos para a montagem do hospital de campanha no Expominas, bem como as razões para a desmobilização e a destinação dos equipamentos da unidade.
Segundo o vice-presidente da CPI, deputado Ulysses Gomes (PT), Minas Gerais reduziu os investimentos em saúde no ano passado e, por isso, é preciso também apurar os repasses constitucionais para a saúde. "É o único Estado da federação que investiu menos no ano de 2020. Essa é a grande diferença. Investiu menos e a consequência é a ineficiência no combate à pandemia e esse alto índice de crescimento de casos e de mortes", disse.
Ele disse ainda que a possível diminuição de recursos é tão grave quanto a possibilidade de que grupos não prioritários tenham passado na frente na ordem de imunização contra a Covid-19. "A falta de investimentos nessa pandemia é tão grave quanto os fura-filas e os privilégios que esse governo 'diferente' e ineficiente mostrou. Hoje, o que estamos vendo é a ineficiência do Estado no combate a essa pandemia", disse, em alusão ao slogan do governo Romeu Zema (Novo) que é: "governo diferente, Estado eficiente".
Em nota, o líder de governo, deputado Gustavo Valadares (PSDB), disse que esse é um momento de união e que, em um ano, o Estado dobrou o número de leitos de UTI. “O momento, como tenho dito, é de união para enfrentarmos este que é o pior momento da pandemia no país e em Minas Gerais. No entanto, é necessário lembrar que o atual governo quando assumiu, o Estado tinha déficit de R$34,5 bilhões. Este é, sim, um foverno reconhecido pela eficiência na aplicação dos recursos públicos, tanto que dobrou o número de leitos de UTI, em nosso Estado, em um ano de combate à Covid”.
Atualizada às 19h17