A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse na tarde desta segunda-feira (21), que o jornal Folha de São Paulo publicou mentiras sobre a atuação dela e de técnicos da pasta no caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio, no Espírito Santo.
Segundo a reportagem do jornal, a ministra enviou à São Mateus, representantes do governo e aliados políticos para pressionar e retardar o aborto até ele não ser mais possível. No tuíte, Damares disse que a atuação do ministério “ocorreu para fortalecer a rede de proteção à criança em São Mateus.”
Na postagem, a ministra afirma que entrará com um pedido de resposta do jornal. Damares diz também que “Mais uma vez faremos o departamento jurídico do jornal trabalhar.”
Deixamos claro que o tempo inteiro nossa atuação ocorreu para fortalecer a rede de proteção à criança em São Mateus. Oferecemos melhorar o Conselho Tutelar e até curso foi ministrado com esse objetivo. Não vamos deixar de trabalhar na defesa das crianças e adolescentes da cidade.
— Damares Alves (@DamaresAlves) September 21, 2020
Em outro tuíte da mesma sequência, a colunista da Folha Mariliz Pereira Jorge confronta a ministra dizendo que “um pedido de demissão seria mais adequado”, pois a ministra teria usado a máquina do governo para “tentar subornar funcionários públicos e para assediar cidadãos.”
Em resposta, Damares chamou a jornalista de militante e também pediu retratação. A ministra perguntou ainda se Mariliz tinha provas e testemunhas e que o programa do ministério “é efetivado a partir de emendas parlamentares”.
Essa acusação que você faz é grave. Tem provas? Testemunhas? Como isso seria feito, se estamos falando de um programa do Ministério que é efetivado a partir de emendas parlamentares? Terá que provar isso na Justiça a partir de agora. Espero que se retrate, cara militante.
— Damares Alves (@DamaresAlves) September 21, 2020