Coronavírus

Deputados podem suspender recesso para prorrogar estado de calamidade em MG

Governo de Minas ainda não decidiu se o período excepcional, que encerra em 31 de dezembro, será prorrogado; presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), diz que Casa está pronta para voltar às atividades caso seja necessário

Por Sávio Gabriel
Publicado em 17 de dezembro de 2020 | 19:27
 
 
 
normal

Embora ainda não haja nenhuma definição por parte do governo de Minas sobre a prorrogação do estado de calamidade pública em virtude da pandemia de coronavírus, que se encerra no dia 31 de dezembro, caso a gestão de Romeu Zema (Novo) decida pela extensão do período, a Assembleia Legislativa (ALMG) pode convocar sessão extraordinária durante o recesso para votar a matéria.

Em entrevista ao Alerta Super, da rádio Super 91,7 FM nesta quinta-feira (17), o presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), destacou que a Casa está pronta para votar o texto durante o recesso – que inicia oficialmente nesta sexta-feira (18) – caso seja necessário. “Estamos prontos se precisar voltar em janeiro para votar, mas algumas legislações que votamos (ao longo de 2020) valem até 31 de janeiro, outras até o fim de fevereiro. Então, se o governo do Estado entender que precisa renovar a calamidade pública, a Assembleia prontamente está aqui para votar, para ajudar no que for importante”.

O decreto de calamidade pública em virtude da pandemia de coronavírus está em vigor no Estado desde 20 de março. Em julho, a ALMG prorrogou a validade até o fim deste ano. A medida permite, entre outros pontos, que aspectos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sejam flexibilizados, especialmente aqueles com relação aos limites de gasto com pessoal.

O governo também fica desobrigado de cumprir resultados fiscais, ampliando, dessa forma, a capacidade de contrair despesas.

 

Vacina é prioridade, segundo deputado

Durante a entrevista, Agostinho Patrus destacou ainda que o foco precisa ser na garantia das vacinas para a população. Ele lembrou que a ALMG aprovou recentemente uma lei que obriga o Poder Executivo a garantir os imunizantes aos mineiros.

“O que acontece é que a vacina é a solução definitiva dos diversos problemas. Temos que focar nossa atuação nela, para que os mineiros tenham acesso e possam se vacinar”, disse. Sobre o retorno das aulas presenciais no Estado, o deputado lembrou que a Casa vem discutindo a questão. “Temos projetos aqui colocando a educação como atividade essencial. Se isso acontece, ela retorna imediatamente as atividades, mas tem alguns (parlamentares) que acreditam que, enquanto não tivermos uma vacina, isso não deve acontecer”, complementou.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!