Em audiência na ALMG, Custódio Mattos cita dificuldades financeiras

Durante audiência realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para prestar contas das ações feitas nos primeiros quatro meses do ano, o secretário de Governo, Custódio Mattos, destacou as dificuldades enfrentadas pela gestão do governador Romeu Zema (Novo) e das respectivas pastas ao assumir o governo. Em suas explicações aos parlamentares, Mattos afirmou que houve uma redução de 70% nas despesas de custeio vinculadas à pasta da qual é titular no primeiro quadrimestre, o que representou uma economia de R$ 1 milhão.

Outro destaque foi o corte no quadro de pessoal oriundo da fusão das secretarias de Governo e do Gabinete Civil, que foi de 30% nos quatro primeiros meses do ano. Em seu relatório, o secretário pontuou ainda que a expectativa da secretaria de Governo é de economizar R$ 22 milhões até o fim do ano. “São cortes permanentes, eles não serão recompostos”.

O secretário pontuou ainda o fim da impressão do Diário Oficial. “Tínhamos entre 500 e 600 assinantes, e, para satisfazer (à demanda), havia um parque gráfico e impressão. Em 2019, não faz mais sentido impressão de diários oficiais. Houve um diálogo com o Tribunal de Justiça e a Mesa da Assembleia”, lembrou, afirmando que a gráfica será desativada em até 30 dias e que os equipamentos serão leiloados, trazendo economia para o Estado.

Custódio Matos também fez questão de pontuar o cenário de dificuldade fiscal do Estado assumido pela gestão do governador Romeu Zema (Novo). “É importante salientar que além das dificuldades inerentes a qualquer início de governo, tivemos um início especialmente atribulado pelas circunstâncias financeiras, políticas e absoluta necessidade de proceder com corte de despesas”, disse, ressaltando que a gestão atual assumiu o Governo herdando dívidas de R$ 35 bilhões herdadas da administração do ex-governador Fernando Pimentel (PT). “Nisso, há perspectiva de agravar o déficit em R$ 15 bilhões ao longo do ano, totalizando uma dívida total de R$ 50 bilhões”.

Campanha

Nos próximos dias, o governo do estado vai dar início a uma campanha institucional para mostrar à sociedade a gravidade da situação financeira, segundo Mattos. “Ela entra no ar em uma semana, e vai mostrar a situação num esforço de socializar o diagnóstico do problema e permitir a discussão nos diferentes setores da sociedade”.