Manifestantes se reúnem em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta terça-feira (1º) para protestar contra a reforma da Previdência enviada pelo governador Romeu Zema (Novo). Um forte esquema de segurança foi montado pela polícia no local.
Ao mesmo tempo, um dos dois projetos que compõem a reforma – a PEC 55/2020 – está sendo discutido em primeiro turno no plenário pelos deputados de forma remota. São necessários 48 votos para que o texto seja aprovado. O segundo projeto que compõe a reforma, o PLC 46/2020, será votado na Comissão de Administração Pública às 14h, antes de também ser analisado em plenário.
A expectativa é que a PEC 55/2020 seja votada ainda hoje. Além da reunião extraordinária, que começou às 10h, há reuniões plenárias marcadas para as 14h e para as 18h.
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A ALMG enviou um comunicado na segunda-feira (31) sugerindo que todos os servidores, tanto dos gabinetes parlamentares como dos setores administrativos, fiquem em home office. Somente os servidores essenciais ao funcionamento da instituição devem trabalhar presencialmente. O comunicado estimou a presença de 5.000 a 7.000 manifestantes no local.
A entrada da ALMG amanheceu com grades, a exemplo da medida adotada em uma manifestação de sem-teto que tentaram entrar no prédio do Legislativo no dia 19 de agosto.
Policiais foram posicionados no telhado da Assembleia (Foto: Uarlen Valerio)
Além disso, manifestantes relatam forte presença de policiamento e o fechamento de ruas adjacentes à ALMG nesta terça. Agentes de segurança estão posicionados no topo do prédio (veja as fotos na galeria no início da matéria). A reportagem questionou o governo se os policais posicionados no telhado estão armados, mas ainda não obteve resposta.
“Todas as portas da Assembleia estão com grades. Tem rua interditada. O batalhão de choque está aqui. Tem polícia para todo lado. Até no teto, em cima da Assembleia”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg, Maria Abadia de Souza.
“Os deputados estaduais têm uma oportunidade hoje de dizer se eles vão proteger o funcionalismo público e impedir o crime que o governo quer cometer contra nós, diminuindo o salário e impondo novas contribuições às aposentadas”, disse a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), Denise Romano.