
Entrevista de prefeito Kalil provoca reação de deputado Eduardo Bolsonaro
Prefeito afirmou em entrevista no Roda Viva que, se necessário, poderá fechar novamente a cidade para combater a pandemia. Deputado chamou Kalil de 'projeto de ditador'

Um dia após participar do programa “Roda Viva”, ganhar grande visibilidade e reafirmar, desta vez em âmbito nacional, que não teria problemas em fechar novamente a cidade de Belo Horizonte caso a pandemia de coronavírus avance na cidade, o prefeito reeleito Alexandre Kalil (PSD) foi alvo de críticas por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro.
Para muitos, no entanto, a postagem dá sinais de que o nome do prefeito da capital em uma possível disputa em 2022 seja mais forte do que o esperado pela equipe atual do governo federal.
Em um post no Twitter, o parlamentar classificou Kalil como “projeto de ditador” e, em tom irônico, parabenizou a população da cidade por ter reeleito o gestor.
“Parabéns, BH, pela reeleição deste belo projeto de ditador, ou melhor, prefeito”, disse na publicação, que era acompanhada de um trecho da entrevista concedida pelo prefeito no qual ele reforça uma declaração dada na última sexta-feira, quando afirmou que não teria problemas em fechar novamente Belo Horizonte.
“Disse em alto e bom som lá (em Belo Horizonte), numa entrevista coletiva: se quando eu precisava do voto eu fechei, imagina agora que não preciso”, disse Alexandre Kalil durante a sabatina no “Roda Viva”.
A publicação em questão, no entanto, teve um efeito inverso e reforçou a nacionalização do nome de Kalil após a participação do prefeito no “Roda Viva”. Até o início da noite de ontem, a publicação tinha sido recompartilhada mais de 6.000 vezes e recebido 17 mil curtidas. Outros 5.500 comentários foram feitos. O assunto chegou a ser o terceiro mais comentado do Twitter.
Críticas a Zema
A publicação de Eduardo Bolsonaro, inclusive, foi curtida por Mateus Simões, secretário geral de Estado de Minas e desafeto de Kalil desde que era vereador de Belo Horizonte.
A manifestação veio na esteira das críticas feitas pelo prefeito da capital durante a entrevista, onde não poupou o governador Romeu Zema (Novo). Entre as críticas realizadas, Kalil afirmou que o chefe do Executivo estadual era “péssimo pagador, péssimo de palavra, péssimo de tudo”.
Procurado pela reportagem, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil não quis comentar. “Já repercutiu muito, não quero repercutir mais”, informou.
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