Café com Política

'Falta liderança no Estado para enfrentar a pandemia', diz Léo Burguês

Vereador Léo Burguês (PSL) é líder do prefeito Alexandre Kalil na Câmara de Vereadores de BH

Por Thalita Marinho e Adriana Ferreira
Publicado em 10 de agosto de 2020 | 12:05
 
 
 
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Em entrevista ao Café com Política, da rádio Super 91.7 FM, na manhã desta segunda-feira (10), o vereador Léo Burguês (PSL) afirmou que acha justo a prefeitura de Belo Horizonte propor isenção de impostos para comerciantes que sofreram perdas durante o fechamento forçado pela pandemia do novo Coronavírus. Para isso, o parlamentar solicitou ao executivo municipal um estudo sobre o tema. 'Eu entendo que não é uma isenção. Entendo que essas atividades participaram ativamente do enfrentamento da pandemia e foram decisivas para os bons números de BH. A lei eleitoral diz que não podemos dar novas isenções, em ano de eleições, mas a lei também também reconhece que a situação pode mudar numa excepcionalidade, no caso, a pandemia', explicou. 

O assunto está na pauta de uma reunião entre o parlamentar, o secretário Municipal de Fazenda João Antônio Fleury Teixeira e de Planejamento, André Reis, no Ministério Público, nesta segunda-feira. 'Estamos falando de cerca de duzentos milhões de reais', alertou o parlamentar. 

O vereador, que também é líder do prefeito na Câmara, reconheceu que as trocas de farpas, segundo ele, fomentadas pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojsitas (CDL),  Marcelo de Souza e Silva contribuíram para desgastar a relação com a prefeitura. 'A briga se deu muito mais por declarações fora de tom pelo presidente da CDL. Nós tivemos várias entidades que fizeram a luta pela volta do comércio, mas com tom mais respeitoso com a prefeitura. Acredito que a CDL é um grande órgão, mas o principal é a prefeitura ter a condição de caixa de dar a isenção e o prefeito querer', afirmou Léo Burguês.

O parlamentar explicou que cabe à Câmara analisar projeto de lei, que poderá ser enviado pela prefeitura sobre a isenção de impostos. Esse inclusive é um dos prontos que estarão em pauta durante reunião com o MP. O vereador ainda complementou que caso o projeto chegue à CMBH deverá ser analisado em regime de urgência.

Volta às aulas 
O vereador também falou que vai conversar nesta terça-feira (11) com representantes da educação infantil para discutir o retorno das aulas. Segundo ele, apesar de o prefeito ter afirmado, na semana passada, em uma entrevista exclusiva à rádio Super, que não há previsão para a volta das aulas ainda neste ano, o encontro foi autorizado por Kalil. “Nós vamos discutir a educação infantil. Nós estamos reabrindo o comércio, e  como os pais vão deixar os filhos, principalmente os menores? Tem um outro problema, já que o governo federal passou a responsabilidade da educação infantil aos municípios, embora não tenha enviado a verba para esse fim. Também temos que pensar na questão financeira, já que muitas escolas estão prestas a fechar as portas”. 

Críticas ao Estado

Ainda durante a entrevista, perguntando sobre a condução do governo mineiro no combate à pandemia, Léo Burguês se limitou a dizer que “falta liderança para enfrentar a pandemia”.

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