Em encontro que contou com deputados estaduais e federais eleitos pelo PT de Minas Gerais realizado na Escola do Lesgislativo, ao longo dessa segunda-feira, os parlamentares da legenda deram início à elaboração de uma nova estratégia, uma vez que agora estão na oposição tanto no Estado quanto no país.
A reunião foi fechada para a imprensa, mas, em contato com participantes, a reportagem de O TEMPO obteve informações a respeito de alguns temas abordados, principalmente quanto ao alinhamento, agora que farão papel de oposição a Romeu Zema (Novo) em Minas e a Jair Bolsonaro (PSL) no nível federal.
“Nos reunimos para fazer uma análise da bancada e a nossa forma de atuação conjunta, principalmente com relação à reforma da Previdência. Na próxima sexta-feira, teremos uma reunião com o ex-ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas, além de representantes da CUT, da CTB e de outros sindicatos”, comentou o deputado federal Rogério Correia.
De acordo com o deputado estadual Cristiano Silveira, foi realizada uma palestra com o presidente-diretor do instituto de pesquisas Vox Populi, Marcos Coimbra, sobre os resultados e números das eleições realizadas em 2018. Ainda de acordo com Silveira, outros temas foram debatidos, como possíveis compensações da Lei Kandir, além da forma de fazer oposição aos governos estadual e federal.
Eleições internas
Um tema que começa a circular, mas ainda de forma embrionária, está ligado à sucessão de Cida de Jesus como presidente do diretório estadual do partido. Entre os parlamentares contatados pela reportagem, nenhum citou nomes.
A informação é que apenas depois do encontro nacional, marcado para os dias 21, 22 e 23 de março, em São Paulo ou Brasília, é que será definido o modelo de votação e futuros nomes da direção do partido em todos os níveis. A definição sobre os nomes talvez fique para o segundo semestre, ocasião em que ocorre o 7º Congresso do partido.
Sobre o sumiço do ex-governador Fernando Pimentel, derrotado ainda no primeiro turno das eleições passadas, alguns interlocutores enxergaram como natural. “Esse recuo é natural após o resultado das eleições, mas ele segue como uma liderança que deverá ser consultada posteriormente”, limitou-se a comentar um dos deputados.