Novos rumos

Fora do poder, PT se reúne em Belo Horizonte para traçar estratégias

Agora na oposição, tanto em Minas quanto no nível nacional, bancada discute como vai agir

Por Léo Simonini
Publicado em 12 de março de 2019 | 03:00
 
 
 
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Em encontro que contou com deputados estaduais e federais eleitos pelo PT de Minas Gerais realizado na Escola do Lesgislativo, ao longo dessa segunda-feira, os parlamentares da legenda deram início à elaboração de uma nova estratégia, uma vez que agora estão na oposição tanto no Estado quanto no país.

A reunião foi fechada para a imprensa, mas, em contato com participantes, a reportagem de O TEMPO obteve informações a respeito de alguns temas abordados, principalmente quanto ao alinhamento, agora que farão papel de oposição a Romeu Zema (Novo) em Minas e a Jair Bolsonaro (PSL) no nível federal.

“Nos reunimos para fazer uma análise da bancada e a nossa forma de atuação conjunta, principalmente com relação à reforma da Previdência. Na próxima sexta-feira, teremos uma reunião com o ex-ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas, além de representantes da CUT, da CTB e de outros sindicatos”, comentou o deputado federal Rogério Correia.

De acordo com o deputado estadual Cristiano Silveira, foi realizada uma palestra com o presidente-diretor do instituto de pesquisas Vox Populi, Marcos Coimbra, sobre os resultados e números das eleições realizadas em 2018. Ainda de acordo com Silveira, outros temas foram debatidos, como possíveis compensações da Lei Kandir, além da forma de fazer oposição aos governos estadual e federal.

Eleições internas

Um tema que começa a circular, mas ainda de forma embrionária, está ligado à sucessão de Cida de Jesus como presidente do diretório estadual do partido. Entre os parlamentares contatados pela reportagem, nenhum citou nomes.

A informação é que apenas depois do encontro nacional, marcado para os dias 21, 22 e 23 de março, em São Paulo ou Brasília, é que será definido o modelo de votação e futuros nomes da direção do partido em todos os níveis. A definição sobre os nomes talvez fique para o segundo semestre, ocasião em que ocorre o 7º Congresso do partido.

Sobre o sumiço do ex-governador Fernando Pimentel, derrotado ainda no primeiro turno das eleições passadas, alguns interlocutores enxergaram como natural. “Esse recuo é natural após o resultado das eleições, mas ele segue como uma liderança que deverá ser consultada posteriormente”, limitou-se a comentar um dos deputados.

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