União

Governo gastou, até agora, 25% do previsto para combate ao coronavírus no Brasil

Montante liberado até o momento é de R$ 66,1 bilhões, sendo que a maior parte corresponde ao auxílio emergencial pago para trabalhadores informais

Por Thaís Mota
Publicado em 14 de maio de 2020 | 08:00
 
 
 
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O governo federal gastou 25% do orçamento previsto para o combate ao coronavírus no Brasil. Os dados estão disponíveis em um painel de monitoramento no site do Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão ligado ao Ministério da Economia, e traz números desde fevereiro deste ano.

A estimativa de gastos soma R$ 258,4 bilhões. No entanto, segundo os números atualizados até essa quarta-feira (13), o valor efetivamente gasto foi de R$ 66,1 bilhões, sendo a maior parte com o auxílio emergencial liberado para trabalhadores informais. 

Até agora, o governo já gastou R$ 35,7 bilhões com o pagamento da primeira parcela do benefício de R$ 600. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o auxílio foi pago a 50 milhões de brasileiros. No entanto, outros 17 milhões de pedidos ainda estão em análise 

Outras duas parcelas devem ser pagas em maio e junho, mas o governo ainda não divulgou as datas. Nessa quarta-feira, integrantes da equipe econômica do governo ainda sinalizaram com a possibilidade de que o pagamento seja estendido para além dos três meses inicialmente previstos. O total estimado pelo governo com o auxílio emergencial soma R$ 123,9 bilhões.

Na sequência dos gastos previstos estão o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm), de R$ 56,6 bilhões, e a Concessão de Financiamento para Pagamento da Folha Salarial, de R$ 34 bilhões, que juntos devem somar R$ 90 bilhões até o final da crise do coronavírus. Ambos os auxílios foram autorizados por Medidas Provisórias (MPs) assinadas pelo governo e visam socorrer empresas. 

No entanto, até agora, o governo já gastou R$ 3,5 bilhões no BEm, que auxilia as empresas em acordos para redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, e R$ 17 bilhões em auxílio para o pagamento da folha.

Em quarto lugar estão os gastos com saúde, categorizados sob a rubrica de “Despesas Adicionais do Ministério da Saúde e Demais Ministérios”. Nesse item, o governo já gastou R$ 7,11 bilhões dos R$ 23,9 bilhões previstos, sendo quase o total desse valor voltado à transferência de recursos a Estados e municípios para ações de enfrentamento da emergência de saúde pública (R$ 6,3 bilhões).

Questionada sobre como é feita a liberação dos recursos, a Secretaria do Tesouro Nacional explica que cada despesa tem uma dinâmica própria. “Por exemplo, o auxílio emergencial é sob demanda, atendendo às pessoas que se enquadrem nos requisitos para receber o benefício. Já auxílio aos estados e municípios tem uma forma mais direta e prazos definidos de acordo com a legislação que aprovou esse auxílio. A execução ocorrerá fortemente nos meses de maio, junho e julho, reduzindo nos próximos meses”.

Ainda segundo o órgão, as projeções de valores de gastos são atualizadas periodicamente pelo Ministério da Economia e, os recursos são disponibilizados à “medida em que as MPs ou leis forem sendo aprovadas”.

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