BRASÍLIA - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, contestou a declaração de apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após aplicação de medidas cautelares contra ele nesta sexta-feira (18/7) por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF)

Aliadíssimo de Bolsonaro e cotado para concorrer à presidência na próxima eleição, Tarcísio afirmou que não é possível alcançar pacificação "enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio".

Gleisi rebateu e disse que Tarcísio "não tem autoridade para falar em pacificação". Ela ainda cita, em publicação nas redes sociais, que o governador de São Paulo "defendeu a guerra tarifária, as sanções e ataques de Donald Trump contra o Brasil". A ministra também contestou a declaração de Tarcísio, que sugeriu não ter eleições "livres, justas e competitivas" no país.

"Quem interferiu ilegalmente no processo eleitoral brasileiro e comandou um golpe contra o resultado de eleições livres e justas foi Jair Bolsonaro. É ele que intenta sacrificar a honra e a soberania do país", escreveu Gleisi Hoffmann.

Tarcísio é um entre os aliados de Bolsonaro que se manifestaram sobre a ação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente, agora monitorado por tornozeleira eletrônica. Outros presidenciáveis, entre eles o governador Romeu Zema (Novo), que tentam se cacifar como nomes viáveis para a direita na próxima eleição também reagiram publicamente à ordem do ministro Alexandre de Moraes. "Mais um ato absurdo de perseguição política a Jair Bolsonaro", escreveu o governador de Minas em uma rede social.