Quase uma semana depois de ter sido anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o auxílio-diesel de R$ 400 para 750 mil caminhoneiros autônomos não está mais garantido.
A informação foi passada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, nesta quarta-feira (27), em entrevista ao canal Jovem Pan News.
"É um esforço fiscal que o governo estava disposto a fazer, mas como a reação não foi boa, eu não sei se o governo vai seguir em frente com o auxílio".
Embora o ministro não especifique quem teve reação negativa ao auxílio, tanto o mercado financeiro quanto os próprios caminhoneiros criticaram o valor prometido.
O anúncio foi feito pelo presidente durante a live semanal da última quinta-feira (21). Bolsonaro busca remediar a alta dos combustíveis e da inflação com a liberação de recursos. Além do auxílio-diesel, o governo tenta viabilizar o Auxílio Brasil, que pretende substituir o Bolsa Família a partir de novembro com valor mínimo de R$ 400 mensais para quase 17 milhões de famílias.
Paralisação dos caminhoneiros minimizada
Os caminhoneiros reagiram mal à proposta de auxílio e lideranças garantiram que a greve geral da categoria, marcada para o dia 1º de novembro, está mantida.
No entanto, segundo Freitas, essa paralisação não é motivo de preocupação. "A gente percebe uma clara divisão, muita gente querendo trabalhar. (...) Não acredito num grande movimento e acho que a gente vai superar isso rapidamente. Não há motivo para preocupação", disse o ministro.
Ele acrescentou que está tentado negociar com a categoria: “A gente tem conversado com várias lideranças. Uma dificuldade que a gente tem é o fato delas serem bem difusas, são muitos líderes que representam a categoria”, afirmou.
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