O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na noite desta terça-feira (12), que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) "tortura um chefe de família" ao adiar indefinidamente a sabatina de André Mendonça, indicado pelo Executivo para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro voltou a repetir que não pretende mudar o nome escolhido para a Corte.
"Eu não tenho motivo para mudar o André Mendonça. É uma pessoa que é evangélica, é um compromisso meu, e tem uma bagagem jurídica enorme. Se tiver uma provinha escrita, duvido que ele tiraria abaixo de 9,5 em qualquer lugar. Agora, há um interesse por parte de alguns senadores de botar um outro nome que seria mais simpático a eles. Eu espero que não aconteça de ser reprovado o nome do André Mendonça. Agora, o que Davi Alcolumbre faz não é justo. Ele tem que botar em votação. Se não passar, paciência, a gente vai ver outro nome. Mas o que ele faz é uma verdadeira tortura contra um chefe de família, um homem que já foi ministro da Justiça e da Advocacia Geral da União e que vive sobressaltado porque o sonho dele sempre foi ir pro Supremo Tribunal Federal (STF)", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.
O presidente afirmou que espera que "Deus amoleça o coração de Davi Alcolumbre", para que ele marque a sabatina.
O presidente evitou tomar partido na briga entre o pastor Silas Malafaia o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a respeito do tema. Malafaia tem acusado o político do centrão de atuar contra a indicação de Mendonça.
"Eu não vou falar pelo Silas Malafaia. Os evangélicas querem o André Mendonça no Supremo. Agora, desconheço, não dei ordem para qualquer ministro trabalhar contra o André. se isso aconteceu eu não tomei conhecimento. agora, jantar existem aos montões em Brasília", afirmou.
"Prefiro não colocar lenha na fogueira", completou.
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