Já no primeiro mês do ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu que as reformas econômicas que tramitam no Congresso Nacional não vão avançar em 2022. O motivo, segundo o mandatário do país, é o período eleitoral.
Uma das reformas que Bolsonaro perdeu as esperanças de que avance é a administrativa – que altera as regras para os futuros servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios.
“A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse, por exemplo, mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos em que existem as eleições para presidente, senadores, deputados também são anos difíceis, não tem negociação”, alegou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan na segunda-feira (10).
Ainda de acordo com a opinião do presidente, os parlamentares não querem pagar o preço por votar em temas mais polêmicos, como reformas econômicas. No Senado, estão paradas a do Imposto de Renda e Tributária. Já na Câmara, está travada a reforma administrativa.
“O parlamentar, no final das contas, ele vê onde é que ele vai pagar um preço com aquele voto, contrário ou favorável a tal proposta. Então, muito difícil que qualquer proposta siga dentro do Parlamento que possa despertar qualquer sentimento outro junto ao eleitorado brasileiro”, comentou o presidente.
Além disso, Bolsonaro já ganhou o descontentamento do funcionalismo público ao prometer aumento salarial somente para as carreiras policiais neste ano. O reajuste não está mais garantido, nem mesmo para essa categoria.
Antes do período eleitoral, em 2021 as reformas econômicas também não tiveram avanços significativos, embora Bolsonaro tenha apoiado e se empenhado nas candidaturas do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para as presidências das respectivas Casas Legislativas.
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