A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) disse, nesta quinta-feira (13), que as denúncias de abuso sexual infantil descritas por ela contra crianças, durante um culto, vieram a partir de conversas “com o povo na rua”.
No último sábado (8), Damares foi a um culto na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), e descreveu supostos casos de abuso sexual infantil, mutilação e tráfico de crianças para o exterior na Ilha do Marajó (PA). Ela menciona que as denúncias se baseiam em imagens em posse pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares de 2019 a 2022.
Já nesta quinta (13), em entrevista à Rádio Bandeirantes, ela afirmou não ter acesso aos supostos documentos.
“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos, mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria deixou de ser encaminhada”, disse.
Porém, na mesma entrevista, Damares afirmou que as informações eram repassadas ao Ministério Público Federal e poderiam ser comprovadas por relatórios da CPI da Pedofilia no Senado.
“Vocês querem que eu fale agora o nome da criança, o número do inquérito, o nome do delegado? Eu tenho aqui, eu estou em casa, mas tudo isso está documentado. Eu não estou inventando”.
Nesta semana, um grupo de advogados acionou a Justiça para que a ex-ministra seja investigada por prevaricação, quando um agente público toma conhecimento de uma irregularidade, mas não denuncia ou encaminha o caso às autoridades competentes. O caso será analisado pela Justiça Federal do Pará.
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