Indicação de chefe da Fazenda facilitaria PEC da Transição, avalia Jaques Wagner

O senador Jaques Wagner (PT-BA) avaliou que haveria maior facilidade em negociar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição se o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicasse quem irá nomear para ser ministro da Fazenda. A pouco mais de um mês para a posse presidencial, marcada para 1º de janeiro, o petista ainda não adiantou sua equipe ministerial. 

A PEC da Transição está travada. Com apenas mais três semanas de funcionamento do Congresso Nacional antes do recesso, o texto final ainda não foi apresentado. Wagner foi escladado pelo PT para negociar a proposta junto aos parlamentares por ter trânsito com frentes que não apoiam diretamente Lula.

"Eu acho que falta mais, por enquanto, um ministro da Fazenda. [...] Mas eu estou dando uma opinião e quem vai decidir é o presidente Lula", disse nesta quinta-feira (24) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local que sedia a transição de governo em Brasília (DF).

Afastando especulações já feitas, o senador disse que não tem nomes para o cargo colocados sobre a mesa, mas sim "na cabeça do presidente", em indicação a Lula. Jaques Wagner acrescentou que não está isolado na articulação da PEC e que "tem muita gente envolvida".

A medida retira despesas do teto de gastos públicos e é vista como necessária para que o futuro governo cumpra promessas de campanha. Entre elas, o pagamento do Bolsa Família - em substituição ao Auxílio Brasil - com parcela de R$ 600, além do extra de R$ 150 para famílias de até seis anos.

Um texto prévio da PEC da Transição chegou a ser apresentado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na primeira quinzena de novembro. A versão final, no entanto, ainda não foi oficializada. Houve uma expectativa de senadores que integram a transição de que o texto fosse entregue na quarta-feira (23), o que não se concretizou.

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