O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) direcionada aos portos e aeroportos. A medida valerá até maio de 2024. O decreto com a medida foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite desta quarta-feira (01).
A GLO será restrita aos seguintes locais:
- Porto do Rio de Janeiro;
- Porto de Santos, em São Paulo;
- Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro;
- Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro;
- Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A ação a ser executada em conjunto com a Polícia Federal envolve um reforço no monitoramento das fronteiras, que será conduzido pelo Exército e pela Aeronáutica nas regiões de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Não foi anunciada a ativação da GLO nessas áreas.
Além disso, a Marinha expandirá suas operações na Baía de Guanabara (RJ), na Baía de Sepetiba (RJ), nos acessos marítimos ao Porto de Santos (SP) e no Lago de Itaipu, em cooperação com a Polícia Federal, mas sem a necessidade de aplicar a GLO. O motivo para essa ação, de acordo com o presidente Lula, é a gravidade da situação.
Na coletiva de imprensa, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, estiveram presentes o Comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, o Comandante da Marinha, Almir Garnier, e o Comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.
Também participaram o Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Anúncio contraria fala do presidente
O anúncio desta quarta contraria a fala do presidente Lula feita na última sexta-feira (27), quando o petista descartou decretar qualquer tipo de intervenção federal no Rio de Janeiro, incluindo decretos de GLO.
“Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e enquanto eu for presidente, não tem GLO”, afirmou.