O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou 40 militares que atuavam na coordenação de administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
A portaria da Secretaria Executiva foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (17). A “dispensa” não foi justificada, mas ocorre após Lula manifestar desconfiança com relação a atuação dos militares durante os atos de vandalismo de bolsonaristas radicais aos Prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
O petista chegou a dizer, durante café da manhã com jornalistas, que o acesso ao Palácio do Planalto foi facilitado, que houve conivência das Forças Armadas. Lula reclamou ainda que não tinha condições de sair do hotel onde está hospedado e se mudar em definitivo para o Alvorada, devido o estado de conservação da residência Oficial.
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou expor, em entrevista exclusiva a GloboNews, os danos causados ao Palácio do Alvorada depois da saída do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A dispensa dos militares não significa exoneração. Dessa forma, eles voltam às suas atividades anteriores nas Forças Armadas.
Parente de Ustra é exonerado
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também dispensou militares. Entre eles, foi dispensado do cargo de assessor técnico militar na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial três militares, entre os quais, o tenente-coronel do Exército Marcelo Ustra da Silva Soares.
Segundo o portal "Metrópoles", Marcelo é familiar do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, considerado um dos principais torturadores da ditadura militar (1964-1985).
O GSI é responsável pela segurança do presidente, do vice-presidente, dos palácios presidenciais.
(em atualização)