Novo governo

Lula participa de reuniões com parlamentares e equipe de transição

Entre outros, devem ir ao encontro de Lula no CCBB a senadora Simone Tebet (MDB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Marcelo Castro (MBD-PI), relator-geral do Orçamento de 2023

Por Renato Alves
Publicado em 10 de novembro de 2022 | 08:21
 
 
 
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita nesta quinta-feira (10), pela primeira vez, o local onde a equipe de transição de governo está trabalhando. A chegada do petista ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, está prevista para as 10h. 

Além de conhecer a estrutura do gabinete de transição, montado no complexo destinado à formação de servidores do Banco do Brasil e a eventos culturais, Lula fará reuniões com integrantes da equipe de transição, além de parlamentares das bancadas aliadas.

Entre outros, devem ir ao encontro de Lula no CCBB a senadora Simone Tebet (MDB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Marcelo Castro (MBD-PI), relator-geral do Orçamento de 2023.

Além dos partidos da coligação (PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir), até agora estão confirmados no conselho político da transição representantes do PSD e do MDB. 

Lula diz sentir 'disposição' para aprovar PEC da Transição no Congresso

Lula desembarcou em Brasília na quarta (9), pela primeira vez após a vitória nas urnas em 30 de outubro. Pela manhã, esteve com Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – liderança do Centrão que comandou a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Lula. À tarde, o presidente eleito foi ao Supremo Tribunal (STF) e se reuniu com todos os ministros da Corte.

Após o encontro na Suprema Corte, Lula deu uma entrevista coletiva. Ele afirmou acreditar na aprovação pelo Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que será apresentada ainda durante o governo de transição para garantir a execução de serviços considerados essenciais pelo futuro governo. De acordo com o petista, não se trata de um projeto partidário referente a ele ou ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

O petista declarou que sentiu “muita disposição” ao conversar sobre o assunto com Lira e Pacheco. Segundo ele, Alckmin, que coordena a equipe faz a transição de governo, ainda vai discutir com os presidentes da Câmara e do Senado as intenções e o cronograma da PEC.

A PEC da Transição é necessária para o futuro governo de Lula cumprir promessas de campanha, inclusive a manutenção de serviços como o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 mensais e o extra de R$ 150 a crianças de até seis anos. Com foco na área social, a medida deve propor a retirada da regra do teto de gastos de medidas consideradas essenciais. O texto deve ser apresentado ainda nesta semana.

Ainda sem o valor estimado que precisará abrir no orçamento de 2023, Lula criticou quem já discursa contra a PEC. “Muitas coisas que as pessoas falam que é gasto, eu acho que é investimento. A saúde é investimento, porque investir em uma pessoa para ela não ficar doente é investimento. Farmácia popular é investimento para cuidar da vida das pessoas. Investir na educação não é gasto, é investimento. Nós precisamos mudar algumas nomenclaturas porque tudo o que a gente quer fazer é gasto, é gasto, é gasto”, reclamou.

Lula viaja para o egito na segunda-feira e só volta dia 19

Ainda nesta quinta, Lula deve se reunir também com ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No fim do dia ele segue para São Paulo, de onde vai embarcar para o Egito. O presidente eleito viaja na segunda-feira (14), pela manhã, para participar da cúpula internacional do clima, a COP-27. Ele deve ficar fora do Brasil até 19 de novembro, quando volta de visita à Portugal. 

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