‘Que o Bolsonaro é um fugitivo confesso, é zero surpresa’, diz Padilha

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um “fugitivo confesso” após a revelação de que ele se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, logo após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal, em fevereiro.

“Que o Bolsonaro é um fugitivo confesso, é zero surpresa. Mais uma vez, ele mostrou os seus planos de fugir. [...] O que cabe à Justiça à  Polícia Federal fazer com essas imagens, não sou eu quem vou opinar sobre isso”, disse Padilha após sessão em comemoração aos 200 anos do Senado Federal.

Segundo Padilha, as recentes investigações e operações da PF que miram Bolsonaro, como a que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições, mostram que as instituições “estão funcionando”.

Segundo reportagem do jornal americano The New York Times, imagens de vídeo indicam que Bolsonaro entrou na embaixada em 12 de fevereiro  – mesmo dia em fez a convocação para o ato na Paulista – e só saiu de lá dois dias depois. A publicação revela ainda fotos de satélite mostrando que o veículo usado pelo ex-presidente ficou estacionado na embaixada.

O NYT diz que, pelo monitoramento das câmeras de segurança da embaixada, Bolsonaro permaneceu no prédio acompanhado por dois seguranças e servido pelo embaixador húngaro, Miklós Halmai, e diplomatas do país europeu.

O jornal lembra que, em 8 de janeiro, após a Polícia Federal desencadear a operação que mirava Bolsonaro, generais e ex-ministros por causa da suposta trama golpista, Orbán postou em rede social uma mensagem de encorajamento para Bolsonaro, chamando-o de “um patriota honesto” e dizendo-lhe para “continuar lutando”.

O jornal norte-americano ressalta que sua equipe verificou as informações analisando as imagens das câmeras de segurança, além de imagens de satélite que mostram o carro em que Bolsonaro chegou e ficou estacionado na garagem da embaixada da Hungria, em 13 de fevereiro.