Igor Eto

Política ou guerra

Duas maneiras de a humanidade resolver divergências


Publicado em 30 de setembro de 2020 | 03:00
 
 
 
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Olá, prazer! Inicio aqui no jornal O TEMPO este canal de opinião sobre os fatos que circundam nosso dia a dia, majoritariamente pelo contexto político em que estamos todos inseridos. Eu me chamo Igor Eto, tenho 28 anos, sou formado em administração e secretário de Estado de Governo de Minas Gerais. Hoje, quero conversar com você sobre a importância da política e, sobretudo, para que serve a política.

Frequentemente, quando encontro alguém de fora do meio político ouço a seguinte pergunta: “O que a Secretaria de Governo (Segov) faz?”. A resposta é simples, mas às vezes surpreende pela responsabilidade que a pasta carrega: a Segov coordena toda a articulação política do governo do Estado.

Todos os projetos de lei enviados pelo governador Romeu Zema à Assembleia Legislativa, por exemplo, passam pela Segov. E é papel da secretaria articular a aprovação dos textos junto aos parlamentos estaduais e federais, bem como dialogar com as prefeituras, os demais Estados e com o governo federal para defender as pautas de Minas. A secretaria de governo respira política.

Mas, na prática, para que serve política? A resposta vem do início da vida humana em comunidade. Embora sejamos iguais, com os mesmos direitos e deveres, enxergamos o mundo de formas diferentes. E, quando passamos a dividir espaços eminentemente públicos, as divergências afloram. É natural.

Até hoje, a humanidade só encontrou duas maneiras de resolver divergências. A primeira, e mais agressiva, é a guerra. A segunda, muito mais sofisticada e efetiva, é a política. Aqui em Minas, somos 21 milhões de pessoas e, diariamente, discutimos no governo rumos das políticas públicas do nosso Estado, modelos de educação, saúde e segurança pública entre outros assuntos que, acima de tudo, afetam diretamente a sua vida, a nossa vida. Discutir esses rumos é o papel da política. É para isso que ela serve.

Viver a política de forma profissional foi uma escolha que eu fiz. Mas ninguém precisa seguir esse rumo para se tornar um agente político. Ser político é estar atento ao voto que você deposita nas urnas. Ser político é apoiar cidadãos comuns como nós, que resolvem se colocar à disposição da comunidade para ser um candidato e, quando eleito, é papel nosso cobrar se ele está de fato lutando e representando aquilo que esperávamos dele.

Não se iluda: você pode até dizer que não gosta de política, mas, quando negocia com seu filho que ele só pode brincar depois de jantar, você está fazendo política.

No fim, se você vive em sociedade, você precisa exercer a política, você precisa entender a relevância que ela tem no nosso dia a dia e compreender que, por mais que este seja um assunto árido, ele é extremamente relevante e impacta diretamente a nossa vida. Diminuir a importância da política ou cair no discurso fácil de “política não serve pra nada” é o maior erro que podemos cometer como cidadão. E é sobre as nossas responsabilidades como indivíduo que quero discutir aqui. Seja bem-vindo a este canal

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