BRASÍLIA - Oito dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram o visto dos Estados Unidos revogado, em decisão do secretário de Estado americano, Marco Rubio, a principal autoridade do governo Donald Trump para a política externa.
A sanção, que também atinge familiares dos ministros, veio a público nesta sexta-feira (18/7) à noite após a operação da Polícia Federal (PF) e a aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por ordem de Alexandre de Moraes.
Foram alvo da decisão do governo Trump os seguintes ministros do STF:
- Alexandre de Moraes
- Luís Roberto Barroso
- Gilmar Mendes
- Cármen Lúcia
- Dias Toffoli
- Edson Fachin
- Cristiano Zanin
- Flávio Dino
Ao anunciar a decisão, Marco Rubio afirmou que os demais sancionados são “aliados” de Moraes no Supremo. Dentre eles, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino também vão julgar Bolsonaro na Primeira Turma do STF, na ação penal que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Por outro lado, foram “poupados” pelos EUA os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. Os dois primeiros foram indicados por Bolsonaro à Corte e são vistos como mais “alinhados” ao ex-presidente em suas decisões.
Fux também faz parte da Turma que vai julgar Bolsonaro. Algumas de suas decisões e manifestações no Tribunal têm sido elogiadas por bolsonaristas, como quando questionou a eficácia da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.