Advogados dizem que Moro e Deltan só queriam tirar Lula da disputa de 2018

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o pedido do Ministério Público Federal pelo arquivamento do caso do triplex do Guarujá.

Em nota, os advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, dizem ter havido um conluio entre o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol para prender Lula no âmbito da investigação e tirá-lo das eleições de 2018, quando liderava as pesquisas de intenção de voto.

“O pedido de arquivamento apresentado pelo MPF deve pôr fim a caso que foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol para prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação, tal como sempre sustentamos”, diz a declaração da defesa.

Nesta terça-feira (7), a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger pediu o arquivamento do caso ao apontar a prescrição dos crimes imputados a Lula. O ex-presidente tem 76 anos de idade e de acordo com Zollinger, com o reinício do processo na Justiça Federal de Brasília, já não haveria possibilidade de aplicar uma eventual pena de condenação.

Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ser condenado pelo ex-juiz Sergio Moro, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Porém, o Supremo Tribunal Federal anulou a condenação por considerar suspeita a atuação de Moro no caso.

“Desse modo, inexiste pressuposto processual para o oferecimento ou ratificação da denúncia quanto aos fatos imputados”, conclui a manifestação do Ministério Público Federal.

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