General de Exército, o ministro Lúcio Mário de Barros Góes tomou posse nesta quarta-feira (3) como presidente do Superior Tribunal Militar. Com perfil discreto, o ministro foi nomeado em 2012 e tem formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
Goés fez um rápido e emocionado discurso na cerimônia de posse, que deixou o plenário da Corte lotado. O novo presidente afirmou que a prioridade de sua gestão será o cumprimento da Constituição no julgamento de crimes militares.
Ele pretende aproximar a Justiça Militar da sociedade. “Nossa vocação é servir”, afirmou, destacando que estará aberto à inovações. Góes aproveitou a oportunidade para reforçar ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) a vontade de incluir os magistrados da Justiça Militar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ele também recebeu elogios pela carreira “invejável e laboriosa”, além da intelectualidade e racionalidade.
O evento reuniu diversas autoridades, dentre eles o ministro Luiz Fux, presidente do STF; a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo; e os generais Paulo Sérgio Nogueira (ministro da Defesa) e Augusto Heleno (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional). O ministro aposentado do STF, Ayres Britto, também compareceu.
A cada dois anos o tribunal faz rodízio na presidência entre as 3 Forças (Marinha, Exército, Aeronáutica) e civis. No biênio 2021-2023, o cargo está com o Exército.
Pernambucano do Recife, aos 72 anos, o militar vai substituir o general Luiz Carlos Gomes Mattos, que foi aposentado compulsoriamente por completar 75 anos - idade limite. Goés termina o ciclo do Exército em março de 2023.
O novo presidente do STM tem vivência militar internacional. Entre as principais funções desempenhadas no Exército, Goés comandou o Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, foi adido do Exército na Embaixada do Brasil na França e credenciado junto à Embaixada da Bélgica.
Antes de chegar a Brasília, passou pelo Amazonas, Rio de Janeiro e Recife em diferentes funções.
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