Sem nova data

PF adia depoimento de general Heleno sobre 'Abin paralela'

O depoimento do ex-ministro de Bolsonaro estava marcado para esta terça-feira (6) em Brasília; a Polícia Federal não informou uma nova data para que ele compareça

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 06 de fevereiro de 2024 | 09:01
 
 
 
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A Polícia Federal (PF) adiou o depoimento do general da reserva Augusto Heleno, inicialmente marcado para esta terça-feira (6). Ele iria falar sobre a espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por meio do software de geolocalização FirstMile. O esquema ficou conhecido como a "Abin paralela".

O adiamento foi feito a pedido do militar, e a PF não informou uma nova data para que ele preste esclarecimentos na sede da instituição, em Brasília (DF). Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, a Abin era subordinada ao GSI.

A investigação tem como objetivo esclarecer se Heleno sabia das supostas irregularidades cometidas pelo então diretor-geral da Abin e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, e identificar os destinatários dos produtos e relatórios resultantes dessas atividades produzidas até 2021.

De acordo com informações da GloboNews sobre o inquérito sigiloso, há indicativos que sugerem não apenas a ciência do general em relação a essas ações ilegais de espionagem, mas também uma possível promoção ou estímulo por parte dele.

Em janeiro deste ano, a PF deflagrou duas fases da operação Vigilância Aproximada, com foco nas ações ilegais da Abin. Em 25 de janeiro, foram cumpridas buscas em endereços ligados a Ramagem. Já em 29 de janeiro, o principal alvo foi o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos). No dia seguinte, em 30 de novembro, o filho 02 de Jair Bolsonaro ficou cerca de 45 minutos na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, onde prestou depoimento pela manhã.

Ele falou, porém, sobre uma publicação que teve como suposto alvo o diretor da PF, Andrei Rodrigues. Esta operação nasceu da Última Milha, realizada em outubro de 2023 e que revelou a espionagem pelo uso de um software de geolocalização. Teriam sido vigiadas autoridades, além de opositores do governo Bolsonaro. O esquema foi interrompido em 2021. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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