TSE manda redes excluírem vídeos de Lula no Piauí por propaganda antecipada

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou na noite de sexta-feira (5) que plataformas de redes sociais, como Instagram, Facebook, Twitter e YouTube, removam pelo menos seis vídeos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pede explicitamente votos em evento político realizado na quarta-feira (3), em Teresina, no Piauí.

Lula pediu votos para si e para candidatos que apoia no estado, os petistas Rafael Fonteles, candidato ao governo piauiense e Wellington Dias, candidato ao Senado e ex-governador do estado. O pedido de votos é permitido pela lei eleitoral somente a partir do dia 16 de agosto, quando começa a campanha oficialmente.

"Eu queria pedir para vocês. Cada mulher ou cada homem do Piauí que tem disposição de votar em mim, que tem disposição de votar no Wellington, eu queria pedir para vocês que no dia 2 de outubro vote em mim, vote no Wellington, mas primeiro vote no Rafael porque ele vai cuidar do povo do Piauí", discursou Lula.

A decisão foi da ministra Maria Claudia Bucchianeri. Ela autorizou que os vídeos sejam republicados nas redes desde que os trechos de pedido de voto sejam removidos. 

A ministra baseou sua decisão em resposta a pedido liminar do PDT, partido que oficializou Ciro Gomes como candidato à Presidência, tendo como vice a pedetista Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador (BA). Na representação feita ao TSE, o PDT acusa Lula de propaganda eleitoral antecipada.

Também na sexta-feira, o Partido Liberal, que tem o presidente Jair Bolsonaro como candidato à reeleição na chapa com o general Walter Braga Netto, apresentou representações ao TSE contra Lula e o PT por propaganda eleitoral antecipada e por ofensas a Bolsonaro nos discursos do ex-presidente petista.

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