Assassinados no Amazonas

Lula lamenta morte de Philips e Pereira e promete demarcar terras indígenas

Petista também disse que, em um eventual governo dele, não haverá garimpo em terras indígenas

Por Franco Malheiro
Publicado em 15 de junho de 2022 | 21:45
 
 
 
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O ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  pediu um minuto de silêncio para o indigienistas Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips durante evento que o petista participa, nesta quarta-feira (15), em Uberlândia no Triângulo Mineiro.

O jornalista e o indigenista sumiram no Vale do Javari, na região amazônica e supostamente foram assassinados. 

Em sua fala, Lula lamentou a última notícia sobre o caso. Nesta quarta, um dos suspeitos confessou que assassinou os dois, esquartejou e queimou os corpos.

Assista ao discurso de Lula:

"Estou triste porque acabamos de saber que a Polícia Federal já tenha encontrado o corpo do Dom e do Bruno porque foram assassinados na Amazônia. É muito triste porque este país é muito grande. É civilizado. E não podemos passar a imagem que não somos civilizados. Que matamos quem defende a Amazônia. Que matamos quem denuncia a garimpagem na Amazônia", disse Lula.

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O ex-presidente aproveitou e prometeu que, caso eleito, vai demarcar todas as terras indígenas do país. 

"Em homenagem aos indígenas, quero dizer uma coisa que disse a eles: se nós ganharmos essas eleições, vou assumir o compromisso de que não haverá em hipótese alguma garimpagem em terra indígena. É importante nunca esquecer que não são os índios que ocupam nossa terra. Os portugueses que ocuparam a terra deles. A demarcação é um compromisso moral e ético. E posso dizer a vocês que é um compromisso de que irei demarcar todas as terras que precisam ser demarcadas, além de criar as condições para vocês sobreviverem nas terras que são de vocês", prometeu. 

"Peço um minuto de silêncio em homenagem ao Dom e ao Bruno. Já encontraram a roupa e o resto do corpo", completou o ex-presidente, tendo o minuto de silêncio interrompido por gritos contra o presidente Jair Bolsonaro vindos da plateia.

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