Após vandalismo

Manifestantes voltam para o quartel-general do Exército e se reinstalam no DF

Bolsonaristas se negam a retirar as estruturas do acampamento e não são forçados a deixar o espaço

Por Agências
Publicado em 08 de janeiro de 2023 | 22:12
 
 
 
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Bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes neste domingo (8) voltaram ao quartel-general do Exército no início da noite. A segurança no local foi reforçada pela Polícia do Exército. Logo na entrada, soldados pedem para que os manifestantes que apoiam o ex-presidente Bolsonaro desmontem as barracas.

Os bolsonaristas, no entanto, se negam a retirar as estruturas e não são forçados a deixar o espaço. Uma cozinha montada no local serve sopa para os bolsonaristas. A reportagem flagrou pessoas chegando com engradados de água e de leite ao acampamento.

O Exército passou a proibir no fim de semana a entrada de carros na região do Setor Militar Urbano, onde fica o QG. Apesar disso, a quantidade de barracas aumentou de sexta-feira (6) para domingo com a chegada de caravanas de bolsonaristas radicais.

A maior parte dos bolsonaristas voltou da Esplanada dos Ministérios ao quartel-general do Exército a pé. O fluxo de pessoas aumentou por volta das 19h30, cerca de uma hora após as forças policiais retirarem os golpistas das proximidades da Praça dos Três Poderes.
Durante a tarde de domingo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu com o comandante do Exército, Júlio César de Arruda, e outros generais no Comando Militar do Planalto.

No encontro, Múcio e os generais avaliaram que os bolsonaristas não devem mais ficar em frente ao QG do Exército. Segundo relatos feitos à reportagem, a cúpula do Exército e do Ministério da Defesa ainda querem evitar o confronto com os golpistas, que pedem intervenção militar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para encerrar o acampamento, portanto, os militares decidiram endurecer a estratégia de estrangular a logística dos bolsonaristas que pernoitam na frente do quartel-general.

A tática tem sido criticada por membros do governo Lula, que defendem uma ação mais incisiva do Exército para a retirada dos bolsonaristas. (CÉZAR FEITOZA/Folhapress)

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