BH

Ala do PT critica ideia de Nilmário sobre volta às aulas durante a pandemia

O petista defendeu, na última sexta-feira (25), que cada escola da rede municipal tenha autonomia para decidir sobre retorno às atividades

Por Fransciny Alves
Publicado em 28 de setembro de 2020 | 11:58
 
 
 
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A campanha eleitoral começou faz pouco mais de 24 horas, mas dentro do PT o que não falta é fogo amigo para criticar uma das primeiras ideias apresentadas pelo candidato do partido à Prefeitura de Belo Horizonte, Nilmário Miranda. A ala da sigla ligada aos setores da educação criticou fortemente a defesa do petista para que cada escola da rede municipal decida sobre retorno às aulas durante a pandemia do Covid-19.

A avaliação é de que a proposta é equivocada dos pontos de vista de saúde pública e educacional, e vai contra “tudo que o PT vem defendendo”. Um dos principais opositores dentro da legenda é o deputado federal Rogério Correia. Inicialmente, ele chegou a defender a união dos partidos de esquerda, como PT e PSOL. Mas, com a negativa da agremiação, tentou sem sucesso ser o cabeça de chapa. 

“Você não pode prevenir uma pandemia com cada bairro, cada comunidade, cada escola agindo de uma forma. Para fazer a contenção da pandemia, todos têm que fazer o isolamento social. Do ponto de vista pedagógico, pior ainda. Você não pode ter uma rede de ensino onde cada escola toque um determinado ritmo com um objetivo que é único, que é o aprendizado” disse o deputado federal. 

Ele ainda ressaltou que, as escolas de periferia, por exemplo, têm condições mais difíceis de conter a pandemia e ficariam ainda mais prejudicada: "Ou seja, prejudicaria os mais pobres. Também, contra tudo que o PT vem defendendo. Não  entendi. Espero que tenha sido um equívoco”.

Polêmica

Em entrevista a O TEMPO, na última sexta-feira (25), Nilmário disse que a pandemia “escancarou as desigualdades na cidade" e, por isso, é preciso entender a fundo quais escolas realmente estão adequadas para retomada das atividades, inclusive quando se tratar de seguir novos protocolos de segurança impostos.

“Não adianta a gente estabelecer um protocolo de volta às aulas falando que é preciso aumentar a ventilação das classes, por exemplo se nem todas as escolas tiverem estrutura que permita isso. Existem unidades que vão precisar de obras emergenciais antes do retorno, teremos que fazer. Aí a partir disso vamos estabelecendo cronogramas alternativos para reposição de aulas aos fins de semana. Só não podemos é nivelar todas como iguais”, explicou.

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