Apenas 32 dos 513 deputados em exercício na Câmara Federal não fazem uso do auxílio-moradia ou dos apartamentos funcionais da Casa, em Brasília. Os dados constam no Portal da Transparência do Legislativo, que mostra ainda que seis dos 53 parlamentares que compõem a bancada mineira se abstiveram desses benefícios - isso representa 11% do grupo eleito por Minas.
Segundo ato da Mesa Diretora, os políticos têm direito a receber o valor de R$ 4.253 mensais quando não ocupam uma das 432 residências funcionais da Câmara na capital federal. O auxílio pode ser pago diretamente em dinheiro, com desconto do Imposto de Renda (IR) na fonte; ou por reembolso, mediante a apresentação de recibo de aluguel ou hotel. Nesse último caso, o reembolso é isento de IR.
E, somente neste ano, a Casa já desembolsou R$ 2,7 milhões com o pagamento de auxílio-moradia para apenas 149 parlamentares, enquanto outros 358 utilizam os imóveis funcionais. O número de deputados ultrapassa o de 513 políticos porque contempla os suplentes que assumiram mandato e, ainda, porque um político pode ter utilizado um imóvel funcional em um mês e recebido auxílio-moradia em outro.
Da bancada mineira, somente não utilizam desse benefício atualmente: o líder do Patriota, Fred Costa; o secretário da Casa, Mário Heringer (PDT); Dimas Fabiano (PP); e os deputados do Novo Tiago Mitraud e Lucas Gonzalez; e Alê Silva (PSL). Segundo o portal, enquanto ocupou o posto de suplente, Fabiano Tolentino (Cidadania) também não utilizou os auxílios.