O presidente Jair Bolsonaro não descartou a possibilidade de liberar os Estados da obrigação de pagar, por seis meses, as parcelas do contrato de refinanciamento da dívida com o governo federal. Como em tudo que se refere à economia, ele falou que isso vai ser discutido com o ministro Paulo Guedes. As declarações foram dadas, na manhã desta segunda-feira (23), no Palácio da Alvorada. 

“Pode (suspender o pagamento), mas a gente tem que ouvir o Paulo Guedes. É ele quem vai dizer quanto que custa essa medida para estender para os demais Estados. E, pelo o que me consta também, não tenho certeza, São Paulo é o Estado que mais deve. Então, acredito que para atender os outros, é uma importância que equivale”, disse o presidente. 

Atendendo a um pedido do governo de São Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, no último domingo, que o Estado suspenda o pagamento, por seis meses, das parcelas do contrato de refinanciamento da dívida com a União. A liminar também obriga que o dinheiro seja destinado integralmente à Secretaria de Saúde para o combate do novo coronavírus. 

Nesta segunda-feira, o presidente vai realizar vídeoconferência com os governadores do Norte e Nordeste para tratar sobre a pandemia. E, segundo ele, reuniões devem ser feitas nos próximos dias com os chefes das administrações estaduais de outras regiões do país.  

No Alvorada, ele também aproveitou para alfinetar governadores: “A vida das pessoas está em primeiro em lugar. Agora, um detalhe: a dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso do que o próprio vírus”.