Com traje informal – camisa polo preta e calça jeans – e na companhia da cachorrinha Lola, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu ontem, em sua residência oficial, um grupo de cerca de 50 jornalistas para fazer um balanço de fim de ano dos trabalhos realizados na Casa. Visivelmente cansado, o parlamentar preferiu manter o tom calmo e sucinto na maior parte do tempo da sabatina, que se estendeu por quase duas horas.
Até pelo momento político sensível pelo qual passa o país, as situações de descontração foram poucas, como quando ele foi perguntado sobre projetos prioritários para 2021: “Um título para o Botafogo”, respondeu. Depois, Maia disse que aceitaria ser ministro “dependendo do governo”. No meio do encontro, dois filhos pequenos do presidente entraram desavisados correndo pela sala. Ao verem a quantidade de profissionais da imprensa, soltaram “que tanto de gente é essa?” para saírem correndo logo em seguida.
Relação com o governo
Maia foi muito questionado sobre a relação da Câmara com o presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que, com a equipe econômica comandada por Paulo Guedes, a relação é boa desde o início da legislatura e que a articulação com Bolsonaro melhorou no segundo semestre, depois que o presidente passou a ser “menos agressivo” com o Parlamento.
O deputado também fez questão de elogiar o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos: “Ele tem nos ajudado muito, 24 horas solícito, sempre me responde”. Os elogios se estenderam ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que, segundo Maia, no momento delicado da relação entre os Poderes, ajudou no diálogo.