A percepção de parlamentares mineiros que têm acompanhado o desenrolar sobre a briga entre Estados e União sobre a Lei Kandir é a de que, mais uma vez, o assunto vai ser esquecido e nenhuma ação efetiva será tomada. A avaliação é de que o governador Romeu Zema (Novo) precisará, juntamente com sua equipe, pensar em outras medidas para conseguir do governo federal os R$ 135 bilhões que Minas Gerais deixou de arrecadar com a desoneração de ICMS sobre exportações imposta pela legislação que entrou em vigor em 1996.
O entendimento é que a decisão da audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), na última segunda-feira, de criar uma comissão para analisar o caso somente vai servir para questões protocolares. Até lá, a bancada mineira na Câmara dos Deputados e no Senado, formada por 56 parlamentares, deve pressionar o Executivo em busca de compensações alternativas, como a liberação de pacotes de obras para o Estado.