Nos últimos dias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm feito cobranças públicas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), e nos bastidores isso tem dado o tom de como vai ser a relação com o Planalto agora: mais contundente.
Os dois tiveram apoio do Executivo para se elegerem presidentes das respectivas Casas, mas diante da situação cada vez mais grave da pandemia da Covid-19 no país e da preocupação econômica, eles têm cobrado uma postura mais responsável da gestão federal.
Lira, por exemplo, defendeu a médica cardiologista Ludhmilla Hajjar para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde. E, aos mais próximos, tem reclamado do militar e até mesmo colocando dúvida como vai ser a relação com o governo, que antes era pacífica.
Isso tudo porque as desordens sanitária e fiscal do país tem respingado no Legislativo, que tem sido pressionado não só por membros da sociedade civil, como também por empresários. Assim, a paciência tem esgotado. Nas redes sociais, Pacheco queixou-se da alta dos preços que chega no bolso do consumidor.
“Os brasileiros não podem ficar reféns de oportunistas altas de preços, como está acontecendo com material de construção e alimentos. Vou cobrar do ministro Paulo Guedes medidas econômicas concretas para evitar isso”, escreveu.