O Ministério Público Eleitoral (MPE) determinou a abertura de um inquérito, pela Polícia Federal, para investigar o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e sua esposa, Rosângela Moro, por suposto crime eleitoral ao terem transferido o título de eleitor de Curitiba para São Paulo.
A decisão atende a uma notícia-crime enviada por uma empresária, no início de abril, que acusa o casal de não possuírem residência fixa e nem vínculos com a capital paulista. A denúncia acusa Moro de ter falsificado comprovante de residência.
Sergio Moro transferiu o título logo após se filiar ao União Brasil, no fim de março. Após ter tido a pré-candidatura à presidência da República negada pelo partido, ficou definido que ele pode concorrer a algum cargo por São Paulo nas eleições.
A defesa do ex-juiz argumenta que desde novembro de 2021, quando se filiou ao Podemos, Moro estabelece São Paulo como sua base política.
“Passa a residir na capital paulista, no Hotel Intercontinental, cumprindo agendas semanais em São Paulo”, diz a defesa.
Para efetuar a mudança de domicílio, o ex-ministro da Justiça incluiu como residência um flat no Itaim Bibi, bairro da Zona Sul de São Paulo, onde alega ter um contrato de locação.
O ex-juiz já havia sido intimado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) a dar explicações pela mudança de domicílio. Uma ação movida pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) pede o cancelamento da transferência.
"Tenho ainda diversos laços com São Paulo, entre eles o fato de ter recebido a maior honraria do Estado de SP, a Grã Cruz da Ordem do Ipiranga, em seu grau mais elevado", afirmou Moro na ocasião.
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