Café com Política

Não é um pacote fechado, mas não pode ser desvirtuada, diz Belém sobre reforma

Líder do governo Zema na ALMG diz que texto não pode ser desvirtuado sob pena de não resolver crise econômica do Estado

Por Rodrigo Freitas
Publicado em 17 de julho de 2020 | 11:55
 
 
 
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O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Raul Belém (PSC), admitiu em entrevista ao Café com Política, da rádio Super 91.7 FM, que o projeto da reforma da Previdência em Minas pode passar por modificações em relação ao texto inicial enviado pelo governador Romeu Zema (Novo) à Casa. Apesar disso, o parlamentar afirmou que a proposta não pode ser desvirtuada, sob a pena de Minas não resolver a crise econômica e orçamentária que assola o Estado.

"A reforma da Previdência não é um pacote fechado e, sim, uma oportunidade de se discutir com a seriedade que é necessária um problema real e que, com certeza, num curto espaço de tempo, irá trazer um colapso total especialmente para o servidor público", afirmou Belém na entrevista, complementando que, sem a reforma, no futuro o Estado não poderá arcar com aposentadorias.

O parlamentar destacou o papel dos seminários realizados pela Assembleia nesta semana para abarcar propostas de servidores. Segundo ele, as propostas serão analisadas nos próximos dias. "Usaremos esse tempo do recesso para, junto com a equipe técnica da Assembleia, construirmos uma proposta dentro daquilo que foi ouvido nos seminários, dentro do que foi falado pelos sindicatos e ouvindo também o governo", salientou o líder do governo.

Alfinetada. Indiretamente, Raul Belém teceu críticas a deputados próximos do governador Zema que, na visão dele, têm tornado o servidor um "vilão" em função a crise vivenciada pelo Estado. Segundo ele, há "pessoas próximas ao governo" que "até querem ajudar, mas erram na comunicação". Questionado se estava referindo-se a deputados estaduais, Belém disse que sim.

O líder destacou ainda que o governador Romeu Zema não vê o servidor como o responsável pela crise no Estado, mas entende a reforma como necessária para o equilíbrio fiscal do Estado. A exemplo do que foi dito nessa quinta-feira pelo presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), Raul Belém também aposta em um prazo de um mês para que a reforma ocorra. "Até meados de agosto, é possível que esse projeto esteja encaminhado para votação", disse.

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