Previsão

Operação do nióbio deve ser definida até agosto, diz Zema

BNDES analisa os dados dos recebíveis do nióbio para decidir sobre compra do ativo

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 15 de junho de 2020 | 08:50
 
 
 
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O governador Romeu Zema (Novo) disse que há avanços em relação à operação de antecipação dos recebíveis do nióbio e que ele espera que haja uma definição sobre o tema até agosto. A aposta do governo estadual, agora, é que o BNDES compre de Minas Gerais os direitos sobre os recebíveis. Pouco antes do início da pandemia, Zema foi à Brasília acompanhado de parte do secretariado para discutir a operação junto ao Ministério da Economia. O governo de Minas espera arrecadar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 6 bilhões.

“O BNDES, por essa operação ser um valor altíssimo, já recebeu todos os dados, mas não é uma operação que é concretizada em 30, 45 dias. É uma operação que leva aí no mínimo seus 90 dias. Eu penso que seria agora em agosto, com certeza nós já vamos ter um cenário bem definido sobre essa operação”, disse em entrevista exclusiva a O TEMPO, completando que está esperançoso que a operação sairá, mas que ela resolve apenas temporariamente o problema do fluxo de caixa do Estado.

Desde novembro do ano passado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) autorizou o governo estadual a antecipar os recebíveis do nióbio junto ao mercado. A ideia era realizar um leilão na Bolsa de Valores de São Paulo. O valor seria utilizado para pagar o 13º do funcionalismo público. A operação não foi concretizada e, com a chegada da pandemia do novo coronavírus, o leilão foi suspenso.

“Do meu ponto de vista é uma operação até melhor que no mercado porque quando se fala no BNDES, que é um banco federal, ninguém vai questionar que houve algum privilégio ou falta de transparência no processo”, disse o governador.

A operação foi contestada no ano passado pelo Ministério Público de Contas de Minas Gerais, que chegou a pedir a suspensão da operação. O argumento das procuradoras Maria Cecília Borges e Sara Meinberg era de que o Estado não dispunha de informações suficientes para avaliar o valor dos recebíveis do nióbio até 2032, o que poderia levar o governo a vender o ativo por um montante inferior ao que ele realmente vale.

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